Em setembro de 2023, os três países assinaram um pacto de defesa mútua, formando a Aliança dos Estados do Sahel (AES). Posteriormente, em 28 de janeiro deste ano, anunciaram a decisão de sair da CEDEAO, fundada em 1975 com o Tratado de Lagos, e formada por ex-colônias francesas, britânicas e portuguesas.
A Aliança do Sahel acusou a CEDEAO de estar sob influência estrangeira e de ter “traído seus princípios fundadores”, alegando que a organização não prestou assistência durante a luta contra o terrorismo e a insegurança, além de impor medidas punitivas como a suspensão da ajuda militar e médica nos anos de 2021, 2022 e 2023, após a crise de segurança nos países se agravar.
Em julho deste ano, os líderes de Mali, Níger e Burkina Faso – Asimi Goita, Abdourahamane Tchiani e Ibrahim Traore, respectivamente – se reuniram em Niamey, capital do Níger, aprofundando a relação entre os três países ao estabelecer a Confederação da Aliança dos Estados do Sahel. Este organismo tem como objetivo a realização de projetos conjuntos de infraestrutura, segurança e financeiros.
A saída desses países da CEDEAO representa um momento importante na geopolítica africana, com possível impacto nas relações entre os países da região e no equilíbrio de poder no continente.