Essa decisão, que permite que Nardoni permaneça no litoral entre os dias 23 de dezembro deste ano e 3 de fevereiro de 2025, gerou controvérsias e debates sobre a justiça penal no país. As condições impostas ao detento incluem permanecer na residência registrada durante o período entre 20h e 6h, além de não frequentar bares, casas de jogos ou locais que não sejam compatíveis com o benefício concedido.
Em maio deste ano, a Justiça já havia concedido a progressão de pena a Nardoni, que passou a cumprir o regime aberto. Essa decisão foi tomada mesmo diante do parecer contrário do Ministério Público de São Paulo, que alegou que o preso não preenchia os requisitos subjetivos para a progressão. No entanto, o juiz responsável pela decisão enfatizou a boa conduta carcerária de Nardoni, a situação processual definida e o cumprimento de mais da metade da pena como fatores determinantes para a concessão do benefício.
O caso de Alexandre Nardoni e a morte trágica de sua filha Isabella em 2008 ainda ecoam na memória dos brasileiros. Nardoni foi acusado de jogar a menina do sexto andar do prédio em que moravam após uma discussão com a então esposa, Anna Carolina Jatobá, que também foi condenada. A barbárie comoveu o país e se tornou um marco na história da violência doméstica no Brasil.
A decisão de liberar Nardoni para passar o fim de ano em uma casa de praia reacende a discussão sobre a eficácia do sistema prisional e a aplicação da justiça no país. O caso Nardoni continua a levantar questionamentos sobre a punição adequada para crimes tão graves e impactantes como o que vitimou Isabella Nardoni.