Alexandre Nardoni, condenado por matar a filha Isabella, é liberado para passar fim de ano em casa de praia no Guarujá.



O caso que chocou o Brasil há mais de uma década volta à tona com a decisão da Justiça de liberar Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella Nardoni, para passar as festas de fim de ano em uma casa de praia no litoral paulista. A juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli aceitou o pedido da defesa de Nardoni e permitiu que ele viajasse para a cidade de Guarujá, na Baixada Santista, onde ficará em um condomínio de alto padrão no bairro Jardim Acapulco.

Essa decisão, que permite que Nardoni permaneça no litoral entre os dias 23 de dezembro deste ano e 3 de fevereiro de 2025, gerou controvérsias e debates sobre a justiça penal no país. As condições impostas ao detento incluem permanecer na residência registrada durante o período entre 20h e 6h, além de não frequentar bares, casas de jogos ou locais que não sejam compatíveis com o benefício concedido.

Em maio deste ano, a Justiça já havia concedido a progressão de pena a Nardoni, que passou a cumprir o regime aberto. Essa decisão foi tomada mesmo diante do parecer contrário do Ministério Público de São Paulo, que alegou que o preso não preenchia os requisitos subjetivos para a progressão. No entanto, o juiz responsável pela decisão enfatizou a boa conduta carcerária de Nardoni, a situação processual definida e o cumprimento de mais da metade da pena como fatores determinantes para a concessão do benefício.

O caso de Alexandre Nardoni e a morte trágica de sua filha Isabella em 2008 ainda ecoam na memória dos brasileiros. Nardoni foi acusado de jogar a menina do sexto andar do prédio em que moravam após uma discussão com a então esposa, Anna Carolina Jatobá, que também foi condenada. A barbárie comoveu o país e se tornou um marco na história da violência doméstica no Brasil.

A decisão de liberar Nardoni para passar o fim de ano em uma casa de praia reacende a discussão sobre a eficácia do sistema prisional e a aplicação da justiça no país. O caso Nardoni continua a levantar questionamentos sobre a punição adequada para crimes tão graves e impactantes como o que vitimou Isabella Nardoni.

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