A preocupação em relação ao potencial pandêmico do Influenza foi o tema de uma pesquisa realizada pelo Consórcio VACCELERATE, que reuniu especialistas de diferentes países para acelerar os estudos clínicos de vacinas contra a Covid-19. Os resultados foram publicados na revista científica Travel Medicine and Infectious Disease e serão apresentados durante o Congresso Global da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID) em Barcelona, na Espanha.
De acordo com a pesquisa, 57% dos especialistas classificaram o vírus da gripe como o patógeno mais provável para desencadear uma nova crise sanitária, enquanto 17% o colocaram em segundo lugar. Outros agentes apontados como potenciais causadores de pandemias incluem a “Doença X”, um microrganismo ainda desconhecido, e uma versão do SARS-CoV-2, vírus responsável pela Covid-19.
O principal autor do estudo, Salmanton-García, da Universidade de Colônia, ressaltou que a sazonalidade da gripe contribui para pequenas pandemias a cada inverno, sendo controladas em grande parte devido à não virulência das cepas circulantes. No entanto, a possibilidade de uma nova cepa mais virulenta surgir representa um risco para a perda desse controle.
Além do Influenza, outros patógenos como o vírus Ebola, o SARS-CoV original e o SARS-CoV-2 também foram identificados como preocupações em relação ao potencial pandêmico. A transmissibilidade desses agentes por meio de gotículas respiratórias e seus históricos de surtos epidêmicos anteriores os tornam alvos de vigilância e pesquisa constante por parte da comunidade científica.
A identificação dessas ameaças é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle de futuras pandemias, ressaltando a importância da vigilância epidemiológica e da pesquisa contínua sobre agentes infecciosos de alto potencial pandêmico.