Segundo o Cemaden, o Lago Guaíba é uma das principais preocupações, pois está recebendo toda a água proveniente das Bacias dos Rios Jacuí, Taquari-Antas, Caí, Sinos e Gravataí, o que pode agravar a situação na cidade de Porto Alegre. O nível do lago já está 1,58 metros acima da cota de transbordamento, indicando um risco iminente de novas inundações.
Além disso, as bacias hidrográficas dos rios mencionados também estão com níveis acima da cota de transbordamento, o que aumenta a probabilidade de novos eventos de inundações e alagamentos neste domingo. O Cemaden alerta para a possibilidade de deslizamentos de terra, especialmente em regiões como Nordeste e Centro-Oeste do Estado, na Região Metropolitana de Porto Alegre e na Serra Gaúcha.
Neste sábado, as autoridades e brigadistas trabalharam incansavelmente para convencer as pessoas a deixarem as áreas de risco, como o centro histórico de Porto Alegre e o bairro São João. A situação é de extrema urgência, considerando que a enchente ainda atinge 2 metros em alguns pontos, deixando ruas históricas submersas e palácios como o Mercado Público cercados pelas águas.
A rodoviária e a estação de trem também foram impactadas, com vagões parcialmente submersos, mostrando o caos que se instalou na rotina dos gaúchos. O cenário de destruição e desespero reflete a vulnerabilidade das grandes cidades diante das mudanças climáticas e da fúria da natureza.
No bairro São João, os voluntários lutam para resgatar as últimas pessoas que resistem em suas casas, utilizando barcos e jet skis para acessar as áreas mais afetadas. A solidariedade e a determinação daqueles que arriscam suas vidas para salvar os que estão em perigo são um exemplo de resiliência e esperança em meio à tragédia que assola o Rio Grande do Sul.