A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão diária de cerca de cinco gramas de sal para um adulto, o que equivale a menos de dois gramas de sódio. Porém, estudos apontam que a média de consumo de sal na região das Américas, onde está inserido o Brasil, é de 8,5 gramas por dia, muito acima do recomendado. Isso reforça a importância de conscientizar a população sobre os perigos da alta ingestão de sódio.
Ana Patrícia Tojal ressalta que, além do sal de cozinha, é importante estar atento ao sódio “escondido” em alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, sorvetes, refeições prontas e refrigerantes. A combinação do consumo desses produtos com a adição de sal nas refeições pode resultar em uma grande concentração de sódio no organismo, trazendo prejuízos à saúde.
Por outro lado, a nutricionista destaca que o sal é um aliado quando consumido com moderação, principalmente por conter iodo, que ajuda a prevenir diversas doenças, como o bócio. No entanto, a adição de iodo ao sal tem sido revista ao longo dos anos devido aos novos padrões alimentares da população brasileira, que podem levar a problemas de saúde se o nutriente for consumido em excesso.
Para prevenir a hipertensão e outras doenças relacionadas ao consumo de sal, Ana Patrícia Tojal enfatiza a importância de mudar hábitos alimentares, como retirar o saleiro da mesa e reduzir o consumo de alimentos industrializados. Com essas medidas, é possível garantir uma alimentação mais saudável e equilibrada, onde o sal não represente uma ameaça à saúde.