Na disputa pelo cargo de chanceler, destacam-se quatro partidos principais. O CDU/CSU, de centro-direita, sob a liderança de Friedrich Merz, é o favorito nas pesquisas, seguido pelo AfD, de inclinação direita, liderado por Alice Weidel. Também em cena está o SPD, partido de centro-esquerda do atual chanceler Olaf Scholz, e os Verdes, na liderança de Robert Habeck. As últimas pesquisas indicam que Merz está à frente com 29,4% das intenções de voto, enquanto Weidel atinge 20,4%, a melhor marca da AfD até o momento. Scholz aparece em terceiro lugar com 15,4%, seguido por Habeck com 13%.
Independentemente do resultado, Merz enfrentará o desafio de formar uma coalizão para garantir a governabilidade, necessitando de pelo menos 316 dos 630 assentos no parlamento. Esse cenário eleitoral se dá em um contexto de crise significativa, marcada por desafios econômicos que afetaram a posição da Alemanha como líder da economia europeia. Em 2024, a participação do país na economia global despencou para 3,08%, um mínimo histórico. O governo atual, sob Scholz, enfrentou uma moção de desconfiança que resultou na dissolução do Bundestag e na antecipação das eleições.
As questões que emergem como prioridades para os eleitores são a imigração e a economia. Pesquisas recentes apontam que 37% dos entrevistados consideram a imigração o maior desafio a ser encarado pelo próximo chanceler, enquanto 34% destacam a economia. A expectativa é que os resultados da votação sejam conhecidos ainda hoje, consolidando um novo capítulo na política alemã em um momento crítico para o país.