As causas dessa crise são multifacetadas e incluem a pandemia de COVID-19, a crise energética exacerbada pela guerra na Ucrânia e a inflação crescente, que têm impactado severamente o poder de compra dos cidadãos alemães. Especialistas econômicos alertam que essas condições geraram um empobrecimento generalizado entre a população.
O Instituto de Pesquisa Handelsblatt (HRI) observa que, enquanto uma tímida recuperação pode ser esperada em 2026, o crescimento projetado ainda será anêmico, estimado em apenas 0,9%. Além disso, o Banco Central da Alemanha revisou suas expectativas de crescimento para 2025, reduzindo-as drasticamente de 1,1% para apenas 0,2%, refletindo a gravidade da situação econômica.
Um dos principais fatores que intensificou a crise é a transição da Alemanha do gás russo, até então uma fonte de combustível mais acessível, para o gás natural liquefeito (GNL) proveniente dos Estados Unidos, que apresenta custos significativamente mais altos. Esse aumento nos custos de energia tem resultado em paralisações e falências em vários setores, incluindo gigantes da indústria como a Volkswagen.
O impacto da crise econômica na Alemanha não é isolado e pode ser visto como um reflexo das instabilidades mais amplas que afligem a maioria das economias desenvolvidas atualmente. À medida que o país lutam para encontrar um caminho para a recuperação, a situação atual levanta questões sérias sobre a sustentabilidade do modelo econômico alemão e suas consequências para o futuro. A continuidade do declínio econômico em um dos pilares da economia europeia traz preocupações não apenas para a Alemanha, mas também para a estabilidade econômica em toda a região.