A visita de Alckmin ocorre em um contexto desafiador, exacerbado pelas tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que incluem uma alíquota extra de 50% nas exportações. Essa situação tem gerado um impacto considerável nas trocas comerciais e motivado o governo brasileiro a buscar diversificar suas parcerias comerciais.
Durante a estadia no México, Alckmin se reunirá com a presidente Claudia Sheinbaum, alinhando-se ao objetivo de expandir a troca de produtos entre as nações. O México é um dos principais importadores de carne brasileira e, recentemente, tem aumentado a aquisição de outros produtos do Brasil. Além disso, assim como o Brasil, o México também enfrenta os desafios impostos pelas tarifas americanas, o que torna a busca por novos parceiros ainda mais premente.
A expectativa é que a visita de Alckmin ajude a solidificar um superávit comercial já existente nessa relação, ao mesmo tempo em que amplia o comércio em diversas áreas, incluindo biocombustíveis, energia, saúde e agroindústria. O governo brasileiro visa uma estratégia abrangente — negociações diretas com os Estados Unidos para mitigar as tarifas, além de abrir novos mercados que possam se consolidar como alternativas.
Em declarações feitas em São Paulo, Alckmin expressou sua determinação em trabalhar ativamente para eliminar os efeitos negativos das tarifas impostas pelos EUA. Ele destacou que o diálogo e a negociação são fundamentais e que há espaço para a exclusão de mais produtos da aplicação das tarifações elevadas. Entre as ações já implementadas, ele mencionou a redução das tarifas sobre produtos derivados de aço e alumínio, o que, segundo ele, amplia a competitividade de setores industriais brasileiros.
A ampliação da linha de crédito do BNDES para empresas exportadoras, passando de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões, é outra medida que visa mitigar os efeitos da situação. Essa abordagem dual, que combina interação direta com os Estados Unidos e a busca por novas parcerias comerciais, representa a estratégia do governo para minimizar os impactos do atual cenário econômico global.