Alckmin: “Negociação com os EUA sobre tarifas não terminou, mas começou nesta manhã”

No cenário atual, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, fez um pronunciamento significativo sobre as novas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Em sua participação no programa “Mais Você”, apresentado por Ana Maria Braga, ele enfatizou que as negociações não se encerraram, mas, na verdade, estão apenas começando. Alckmin ressaltou que o recente decreto assinado por Donald Trump, que eleva as tarifas em até 50% para diversos produtos brasileiros, representa uma situação de “perde-perde”. O impacto negativo, segundo ele, atinge tanto os mercados do Brasil quanto os consumidores americanos.

O novo tarifaço, que exclui aproximadamente 700 itens cruciais para a economia, foi um tema central durante a conversa. Alckmin destacou que cerca de 35,9% das exportações brasileiras estão vulneráveis a essas novas tarifas, embora parte dos produtos tenha sido retirada dessa lista, como alguns itens do agronegócio, energia e da indústria aeronáutica. Contudo, artigos como aço, alumínio e veículos continuam sujeitos a alíquotas elevadas. Em sua defesa do café brasileiro, Alckmin lembrou que os Estados Unidos são grandes consumidores do café arábica, um componente essencial de muitos blends do país.

Para mitigar os efeitos adversos das tarifas, o governo brasileiro está elaborando um plano de proteção aos empregos. Alckmin garantiu que “ninguém ficará desamparado” e que esforços adicionais serão feitos para apoiar setores mais vulneráveis, como o de frutas, carne bovina e pequena indústria. Ele também anunciou iniciativas para tentar retirar do tarifaço frutas como manga, além de já ter conseguido a exclusão do suco de laranja.

Além das discussões sobre comércio, Alckmin também abordou um ponto delicado: a sanção imposta pelos EUA ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O vice-presidente qualificou essa interferência como inaceitável, reafirmando a importância da soberania nacional e a separação de poderes no Brasil. Alckmin se posicionou ao lado do governo Lula, que manifestou solidariedade ao magistrado ao expor sua preocupação com a intromissão americana nas questões judiciais brasileiras.

Esse cenário reflete a complexidade das relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, em um momento em que o país busca alternativas e estratégias para enfrentar os desafios impostos por tarifas elevadas e sanções internacionais.

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