Alckmin Defende Corte de Gastos e Eficiência Pública para Reduzir Juros e Impulsionar a Economia



O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, durante visita à feira da indústria siderúrgica em São Paulo, reiterou a importância da responsabilidade fiscal como ferramenta crucial para a redução das taxas de juros no Brasil. Em sua passagem pelo evento, organizado pelo Instituto Aço Brasil, Alckmin destacou uma abordagem prudente quanto à desoneração da folha de pagamentos, pautada para ser discutida no Senado nesta quarta-feira, dia 7.

Alckmin enfatizou que toda medida de desoneração deve estar balanceada por compensações adequadas. “Desonerar, se possível, é ótimo, mas é fundamental manter a responsabilidade fiscal. Aumento de receita deve ser acompanhado pela redução de despesas. Um déficit resultaria em juros mais altos e inflação; portanto, a responsabilidade fiscal é um dever de todos,” afirmou ele.

Após visitar os estandes na feira, Alckmin concedeu uma entrevista à imprensa, reafirmando o compromisso do governo em cortar gastos para cumprir as exigências do arcabouço fiscal. Ele salientou que a carga tributária brasileira, próxima a 33% do PIB, já é elevada em comparação a outras economias emergentes. “Não podemos aumentar ainda mais. Precisamos é de eficiência nos gastos públicos,” reforçou.

O presidente em exercício também avaliou positivamente o cenário financeiro global, considerando o recente estresse no mercado como transitório. Ele expressou otimismo quanto à possibilidade de redução das taxas de juros nos Estados Unidos em setembro, combinada com uma política fiscal eficaz, o que, segundo ele, poderia facilitar cortes na Selic até o fim do ano, promovendo assim um crescimento econômico mais robusto.

Em discurso direcionado aos empresários do setor siderúrgico, Alckmin detalhou as medidas do governo para impulsionar a indústria. Ele destacou o papel da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), uma ferramenta financeira que já está regulamentada e que pode contribuir para a redução dos custos de crédito para as empresas entre 1% e 1,5%. A LCD, que oferece isenção de imposto de renda para investidores pessoa física e alíquotas reduzidas de 15% para pessoas jurídicas sobre o retorno do investimento, visa garantir recursos para financiamentos de longo prazo.

Alckmin, que também lidera o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, mostrou-se confiante de que, dentro de poucas semanas, o LCD estará em pleno funcionamento, proporcionando créditos mais baratos. “Em breve, poderemos ver uma redução entre 1% e 1,5% nos custos do crédito,” projetou o presidente em exercício.

Assim, com essas medidas e políticas fiscalmente responsáveis, Alckmin procura delinear um caminho sólido para o fortalecimento da economia brasileira, focando na redução das taxas de juros e na promoção do crescimento industrial sustentável.

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