A decisão veio após um incidente na sexta-feira, 5, em que uma porta extra de um avião da Alaska Airlines se desprendeu durante o voo. Com base nesse acontecimento, as autoridades americanas recomendaram que mais inspeções técnicas fossem realizadas nas aeronaves. Além disso, os voos com os modelos MAX-9 também foram suspensos no Brasil como medida de precaução.
No sábado, cerca de 18 aeronaves do modelo haviam retomado as operações após passarem por inspeções iniciais. No entanto, um dos aviões que transportava 171 passageiros e seis tripulantes teve que realizar um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Portland, nos Estados Unidos, devido a problemas técnicos.
A companhia aérea emitiu um comunicado informando que a decisão de suspender os voos foi baseada em um aviso da Administração Federal de Aviação (FAA), órgão responsável pela regulamentação da aviação nos EUA, que indicou a necessidade de possíveis trabalhos adicionais nas aeronaves. A Alaska Airlines também esclareceu que outros modelos da família do 737 não foram afetados pela suspensão.
Com a ordem da FAA de suspensão de alguns 737 MAX-9, a Alaska Airlines e outras companhias aéreas tiveram que paralisar as operações desses modelos para inspeções. Estima-se que cerca de 171 aeronaves MAX-9 estão em serviço em todo o mundo.
O Boeing 737 MAX-9 representa aproximadamente 20% da frota da Alaska Airlines, que teve que cancelar cerca de um quinto dos voos marcados para o último domingo. A United Airlines, que também suspendeu suas aeronaves MAX-9, teve uma taxa de cancelamento de aproximadamente 10%.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes está investigando o acidente ocorrido na sexta-feira e continua em busca da porta que se soltou da aeronave. Segundo a presidente do NTSB, Jennifer Homendy, os destroços da peça podem estar próximos à Oregon Route 217 e Barnes Road, na área de Cedar Hills, a oeste de Portland.
Homendy ressaltou a sorte de que o acidente não ocorreu em altitude de cruzeiro, quando os passageiros e a tripulação estariam em movimento pela cabine. Além disso, destacou que ninguém estava sentado nos assentos próximos à porta que se soltou durante o voo 1282, evitando possíveis ferimentos.
Diante do incidente e das recomendações das autoridades de aviação, a Alaska Airlines e outras companhias aéreas seguem em contato com a FAA para determinar os trabalhos adicionais necessários, visando garantir a segurança das aeronaves antes que elas retornem às operações.