Sob a coordenação da PhD Luciana Santana e do professor Emerson Nascimento, o painel contou com a participação de figuras relevantes como a promotora de Justiça Karla Padilha, o advogado Pedro Montenegro, que também coordena os Direitos Humanos no Tribunal de Justiça de Alagoas, a vereadora de Maceió Fátima Santiago, entre outros. A discussão abordou a intrincada relação entre raça, desigualdade e violência, destacando a ausência de políticas afirmativas e preventivas como um fator que amplifica a marginalização dos jovens negros.
Emerson Nascimento enfatizou a importância de unir esforços entre a academia e o poder público para encontrar soluções eficazes. “Reunimos instituições com poder de decisão dentro do sistema de justiça criminal para elaborar estratégias conjuntas. Precisamos ampliar e articular experiências exitosas com o Estado para alcançar mais pessoas”, destacou ele.
A vereadora Fátima Santiago comprometeu-se a levar a questão ao Legislativo Municipal, propondo uma sessão pública sobre o tema. Ela destacou a importância de prevenir a violência por meio de esforços colaborativos entre o poder legislativo e a sociedade civil para construir uma cidade mais segura e justa para todos. Por sua vez, Pedro Montenegro ressaltou a necessidade de uma base científica sólida na formulação de políticas públicas eficazes.
O evento da Vice-governadoria não se limita a encontros pontuais. Conforme explicado por Flávio Dória, secretário de Gestão Interna da Vice-governadoria, o trabalho continuará com uma série de seminários e produções de documentos que sistematizam dados sobre a violência contra jovens negros. Tais iniciativas visam fundamentar a possível criação de políticas públicas que enfrentem as desigualdades raciais e promovam a inclusão social.
O compromisso da Vice-governadoria de Alagoas com a difusão do conhecimento e a formação cidadã é um dos pilares para fomentar uma consciência crítica na sociedade, inspirando e subsidiando ações governamentais que busquem reduzir as desigualdades estruturais no estado. A expectativa é que iniciativas como essa contribuam substancialmente para a construção de um ambiente socialmente mais justo e equitativo, refletindo a urgência da implementação de práticas antirracistas eficazes.