A transmissão ocorre principalmente através do contato direto com o fungo presente no ambiente, mas o principal vetor para humanos são os gatos infectados. Arranhaduras, mordidas ou contato com secreções de gatos doentes são os meios mais comuns de infecção. Clarício Bugarim ressalta a importância de estar atento aos sinais da doença, como lesões ulceradas na pele, e buscar orientação médica adequada. Ele ainda reforça que o tratamento dos animais infectados é crucial para evitar a propagação desenfreada do fungo. O abandono de animais doentes deve ser evitado a todo custo.
Os sintomas variam, com manifestações cutâneas sendo as mais frequentes, porém, em casos graves, a infecção pode atingir órgãos internos, oferendo maior risco para pessoas imunossuprimidas. O diagnóstico é feito por exames laboratoriais e o tratamento inclui antifúngicos orais e, ocasionalmente, intravenosos, exigindo acompanhamento médico prolongado.
Para prevenir a esporotricose, a Sesau sugere medidas de proteção, como o uso de luvas e máscaras ao lidar com ambientes suspeitos e a higiene de feridas causadas por gatos. Em Alagoas, 20 casos foram registrados informalmente em 2024, sinalizando a necessidade de monitoramento contínuo.
Em janeiro de 2025, o Ministério da Saúde incluiu a esporotricose humana na Lista Nacional de Notificação Compulsória, um passo significativo para a organização e melhoria dos serviços de saúde. A partir dessa inclusão, o objetivo é fortalecer a vigilância e o suporte a estados com a elaboração de protocolos de vigilância, formação de profissionais e organização da rede diagnóstica, além de planejamento para a distribuição de medicamentos antifúngicos, antecipando um possível aumento na demanda devido à notificação mais abrangente.