Há nove anos, Zipa enfrentou uma das maiores batalhas de sua vida. “Foi um choque quando vi o resultado e descobri que era um carcinoma maligno no seio esquerdo”, relata. A notícia veio acompanhada da necessidade de uma mastectomia, seguida por um intenso tratamento de quimioterapia. Em julho daquele ano, Zipa iniciou sua jornada com a colocação de um cateter e, no mês seguinte, começaram as sessões. O tratamento incluiu quimioterapia tradicional e, atualmente, ela continua com quimioterapia oral e medicação intravenosa, um compromisso que será mantido por vários anos.
Ao receber o diagnóstico, Zipa chegou a considerar se afastar de seu trabalho para se concentrar no tratamento. Contudo, a força que recebeu da família e de seus colegas surpreendeu-a de forma positiva, refletida na inesperada promoção que conquistou na carreira. “Pensei: ‘Mas agora? Estou com câncer’. Fui promovida e isso me deu energia para seguir adiante”, conta emocionada.
O apoio emocional foi crucial, ressalta Zipa. “O susto inicial é inevitável, mas entender que a força vem de dentro é fundamental. O apoio da minha filha foi determinante para não desistir”. Além disso, engajou-se em ações de apoio, como a confecção de almofadas em formato de coração, destinadas a pacientes oncológicos, distribuídas na rede pública de saúde de Alagoas.
Hoje, Zipa celebra a vida com a sabedoria de quem superou desafios inimagináveis, enfatizando a importância do autoexame e de realizar a mamografia. Esta última, disponível gratuitamente no Hospital da Mulher, em Maceió, é um dos exames fundamentais para a detecção precoce deste tipo de câncer.
Genilza Coelho deixa uma mensagem otimista e encorajadora: “Tem cura! É doloroso, é demorado, mas é bom viver, e eu amo viver!”. Sua história reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, lembrando que lutar é possível e que vencer, apesar de difícil, é um caminho que pode ser trilhado com apoio e determinação.