O treinamento visou preparar os participantes sobre a identificação dos sintomas, vias de transmissão e formas de tratamento do Mpox. A consultora Luciana Pacheco, médica infectologista da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau, liderou a capacitação, destacando que desde 2022, Alagoas registrou 27 casos da doença, com um caso notificado em 2024.
Durante o encontro, Luciana Pacheco explicou que o Mpox, uma doença viral zoonótica, é transmitido principalmente por meio do contato direto com lesões cutâneas de pessoas infectadas ou através de objetos contaminados, como lençóis e roupas. “A transmissão também pode ocorrer por toque, beijo ou relações sexuais”, alertou a especialista. Ela descreveu ainda os sintomas característicos, que incluem febre, dores musculares, erupções cutâneas e fadiga, destacando a importância do reconhecimento dos sinais para evitar a proliferação do vírus.
A médica enfatizou a necessidade do isolamento imediato dos casos confirmados para interromper a cadeia de transmissão, recomendando que acometidos pela doença busquem rapidamente a unidade de saúde mais próxima. “Isso pode evitar a disseminação e ajudar a administrar a necessidade potencial de hospitalização, dependendo da gravidade dos sintomas”, acrescentou Pacheco.
Tarcísio Rodrigues, médico da Capitania dos Portos presente no evento, destacou a relevância do treinamento para detecção de potenciais casos que possam chegar ao estado através do porto. “Essa capacitação é essencial para sabermos identificar sintomas e modos de transmissão, permitindo-nos atuar preventivamente”, destacou, elogiando a iniciativa pelo espaço de diálogo e aprendizagem proporcionado.
Por meio desse treinamento, a Sesau e Anvisa buscam melhorar a prontidão e a resposta dos profissionais de saúde, visando minimizar os riscos e proteger a saúde pública em Alagoas, fazendo frente a essa ameaça global emergente.