A hanseníase, doença infecciosa que compromete nervos e pele, ainda representa um desafio significativo para a saúde pública no Brasil e no estado de Alagoas. A transmissão ocorre pelas vias aéreas superiores, afetando sobretudo aqueles em contato contínuo com pacientes não tratados em estágios avançados da doença. Em 2024, Alagoas registrou 254 novos casos, um decréscimo comparado aos 374 casos do ano anterior, mas as autoridades alertam que a queda nos números pode não refletir a realidade, e sim a falta de busca ativa de casos.
Rayssa Teixeira, técnica do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, destaca a importância do desafio “Janeiro Roxo”, que visa incentivar a atualização e correção do banco de dados da hanseníase pelos municípios. Os que realizarem o maior número de correções receberão uma premiação durante a mostra. Teixeira enfatiza a necessidade de uma vigilância contínua, salientando que a hanseníase é uma doença crônica e negligenciada, que exige atenção e ações proativas.
Entre os sintomas tradicionais da hanseníase estão manchas na pele, sensação de formigamento em extremidades e presença de nódulos. O tratamento, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), varia de seis meses a um ano, dependendo da gravidade, e é distribuído através das Unidades Básicas de Saúde nos municípios alagoanos.
Este evento representa um passo significativo na luta contra a hanseníase, buscando não apenas tratar, mas conscientizar e erradicar a doença através de esforços coordenados entre estado e municípios.