O infectologista Renné Oliveira, chefe do Gabinete Estadual de Combate às Doenças Infectocontagiosas da Sesau, explicou a importância do foco nas gestantes em relação à febre Oropouche, devido à possibilidade de contaminação fetal. Segundo ele, a decisão de incluir as gestantes nas diretrizes de prevenção foi tomada após a detecção de anticorpos do vírus em amostras de casos de microcefalia e abortamento registrados no Brasil.
Entre as recomendações feitas aos gestantes para prevenir a transmissão da febre Oropouche estão evitar áreas com grande presença de insetos, utilizar telas em portas e janelas, aplicar repelentes na pele exposta, manter a limpeza da casa e evitar acúmulo de folhas e frutos no quintal. Além disso, serão intensificadas as medidas de vigilância nos últimos meses de gestação e no acompanhamento de bebês de mulheres que tiveram infecções anteriores por doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
O coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau, Clarício Bugarim, ressaltou a importância de monitorar possíveis casos de febre Oropouche, mesmo que atualmente não haja suspeitas no Estado. Ele também alertou que os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue, tornando crucial a realização de exames laboratoriais para confirmar a infecção, ressaltando que o diagnóstico para febre Oropouche só pode ser feito por meio de análises laboratoriais no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL).
Dessa forma, a Sesau reforça seu compromisso com a saúde e bem-estar da população, adotando medidas preventivas e orientações específicas para as gestantes em relação à febre Oropouche e outras arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A vigilância cuidadosa e o acompanhamento constante são fundamentais para garantir a saúde das gestantes e de seus bebês, contribuindo para a prevenção e controle dessas doenças.