Participaram da reunião, além dos técnicos do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, membros do Ministério Público Estadual, da Secretaria de Estado da Segurança Pública, do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor de Alagoas (Procon/AL), das Secretarias Municipais de Saúde de Maceió e Arapiraca, além da Vigilância Sanitária Estadual e da Secretaria de Estado de Educação de Alagoas (Seduc).
Segundo Rita Murta, gerente estadual de vigilância e controle das doenças não transmissíveis, essas reuniões, que ocorrem mensalmente, são fundamentais para delinear ações e coordenar esforços entre os diversos órgãos na luta contra o tabagismo no estado. Murta destacou que o consumo de tabaco é um dos principais fatores de risco para mais de 50 doenças, incluindo problemas respiratórios e diversos tipos de câncer, afetando tanto homens quanto mulheres com complicações adicionais, como impotência sexual e infertilidade.
No encontro, também foi abordada a questão dos cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como “vapes”, os quais são frequentemente promovidos como uma alternativa “mais saudável” ao cigarro convencional. Murta ressaltou que essa percepção é enganosa, dado que uma única unidade desses dispositivos pode conter uma quantidade de nicotina equivalente a 20 cigarros tradicionais. É importante lembrar que o uso de dispositivos eletrônicos para fumar é proibido em ambientes fechados coletivos, conforme estabelecido pelo decreto nº 8262 de 2014, que regulamenta a lei nº 9294 de 1996.
Gustavo Pontes de Miranda, secretário estadual de saúde, enfatizou a importância da colaboração entre diferentes setores para salvaguardar a saúde dos alagoanos. Ele destacou que a união de forças entre profissionais e entidades é vital para reduzir o consumo de tabaco e educar a população sobre os riscos associados a esse hábito nocivo.
Para auxiliar os tabagistas, Alagoas disponibiliza 16 Núcleos de Apoio ao Fumante, que oferecem suporte e acompanhamento multidisciplinar. Em Maceió, esses serviços estão disponíveis em locais estratégicos como o II Centro de Saúde, o Hospital Universitário, e a Unidade de Saúde João Paulo II. Os núcleos também estão presentes em outros municípios, garantindo assistência adequada em todo o estado.