ALAGOAS – Secretaria de Cultura de Alagoas Revela Novos Mestres do Patrimônio Vivo no Diário Oficial



Nesta segunda-feira, 12 de agosto de 2024, a Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult) de Alagoas oficializou os nomes dos novos mestres do Patrimônio Vivo do estado. Os selecionados – anunciados no Diário Oficial do Estado (DOE) – são figuras centrais na preservação das tradições culturais alagoanas: o mestre do folguedo Geraldo José da Silva, os artesãos Rubério de Oliveira Fontes e Sônia Maria de Lucena.

O reconhecimento dos novos mestres foi destacado pela secretária Mellina Freitas, que ressaltou a importância de valorizar aqueles que mantêm vivas as tradições culturais do estado. Em suas palavras, "Esses mestres representam a essência da nossa cultura, preservando tradições e saberes que fazem parte da identidade de Alagoas. Reconhecê-los é assegurar que essas manifestações culturais continuarão a inspirar as futuras gerações." Freitas também enfatizou o compromisso do governo de apoiar e promover a herança cultural alagoana, algo reforçado pelo governador Paulo Dantas.

O programa que concede essa honraria é financiado pelo Fundo de Desenvolvimento de Ações Culturais (FDAC), oferecendo uma bolsa de incentivo de 1,5 salário mínimo mensal para cada mestre, como previsto pela Lei Estadual 7.172/2010.

Conhecendo os novos mestres:

Mestra Sônia Maria de Lucena: A artesã Sônia Maria de Lucena descobriu o bordado de renda Singeleza na infância, instruída por Dona Filó em Marechal Deodoro. O projeto “(Re)bordando” ofereceu a oportunidade para Sônia transformar seu conhecimento em uma fonte de renda e um alívio terapêutico em tempos difíceis. Apesar das adversidades, Sônia persistiu na arte do bordado e agora compartilha seus conhecimentos com outras mulheres, ajudando-as a transformar o aprendizado em um ofício rentável. Atualmente, ela vive na Barra de Santo Antônio, onde continua a cultivar e disseminar essa tradição.

Mestre Rubério de Oliveira Fontes: Natural de Piranhas, no sertão alagoano, Rubério iniciou no artesanato na adolescência, focando primeiro na carpintaria e construção de canoas. Aprimorou suas habilidades sob a tutela de Elias Barbosa e, hoje, aos 83 anos, é um dos principais representantes culturais do Baixo São Francisco. Suas criações refletem memórias afetivas e detalhes da ferrovia, uma homenagem ao pai serralheiro. As suas peças capturam com precisão fotográfica os elementos ferroviários, conferindo-lhe um estilo único.

Mestre Geraldo José da Silva: Geraldo José da Silva, nascido em Maceió, é um servidor público aposentado que se envolveu profundamente com as tradições culturais desde jovem. Sob a orientação do Mestre Biu de Bebedouro, Geraldo criou diversos grupos culturais, incluindo Coco de Roda, Maracatu, Baianas e Toré de Índio, no bairro Vergel do Lago. Ele continua a partilhar o seu vasto conhecimento com a comunidade, assegurando a continuidade das tradições culturais.

Estes mestres são guardiões vivos da rica cultura alagoana, e seu reconhecimento é um passo crucial para a preservação dessas tradições únicas para as futuras gerações.

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