ALAGOAS – Rede de Atenção combate violência sexual e oferece apoio a 670 crianças e adolescentes em Alagoas em 2024



No cenário atual, onde a atenção aos direitos humanos é crucial, a Rede de Atenção às Violências (RAV), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), desempenha um papel vital ao garantir assistência a 670 crianças e adolescentes alagoanos vítimas de violência sexual de janeiro a setembro de 2024. Este serviço, fundamental para a proteção e recuperação dessa faixa etária vulnerável, está presente em várias unidades de saúde estaduais, incluindo o Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital da Mulher (HM), Hospital Regional do Norte (HRN), Hospital de Emergência do Agreste (HEA) e o Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS), além do Complexo de Delegacias Especializadas (Code).

A RAV oferece uma ampla gama de serviços aos sobreviventes, que vão desde a profilaxia das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), até assistência médica completa que inclui anticoncepção de emergência, coleta de vestígios, realização de exames laboratoriais e assessoria jurídica. Além disso, o suporte não termina com o tratamento médico: as vítimas recebem acompanhamento psicossocial com uma equipe de profissionais especializados, garantindo um atendimento humanizado e qualificado por até seis meses após o incidente.

A enfermeira Thaylise Brito, gerente operacional da RAV, destaca a importância do acolhimento desde o primeiro contato, envolvendo psicólogos, psiquiatras, pediatras, ginecologistas e até mesmo a Polícia Civil, sempre que necessário. “Nossa rede busca minimizar o dano sofrido por essas vítimas, oferecendo um suporte que se estende por todo o ciclo de vida dessas crianças e adolescentes”, afirma Brito.

Instituída pelo decreto nº 89.437, a RAV tem como missão não apenas oferecer assistência, mas atuar na prevenção, identificação, monitoramento e avaliação de violências contra populações vulneráveis no Estado. Esse conjunto de ações governamentais visa enfrentar a violência com acolhimento seguro, assistência qualificada e escuta especializada, evitando a revitimização.

O secretário estadual de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, enfatiza a relevância da RAV: “Apesar das iniciativas e esforços das forças de segurança pública, a violência contra crianças e adolescentes é, infelizmente, uma realidade presente. Nosso dever é garantir que estas vítimas recebam um acolhimento humanizado e tratamento adequado. A RAV é fundamental nesse processo, reforçando o compromisso do Estado com a proteção de suas populações mais frágeis”, conclui.

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