A RAV oferece uma ampla gama de serviços aos sobreviventes, que vão desde a profilaxia das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), até assistência médica completa que inclui anticoncepção de emergência, coleta de vestígios, realização de exames laboratoriais e assessoria jurídica. Além disso, o suporte não termina com o tratamento médico: as vítimas recebem acompanhamento psicossocial com uma equipe de profissionais especializados, garantindo um atendimento humanizado e qualificado por até seis meses após o incidente.
A enfermeira Thaylise Brito, gerente operacional da RAV, destaca a importância do acolhimento desde o primeiro contato, envolvendo psicólogos, psiquiatras, pediatras, ginecologistas e até mesmo a Polícia Civil, sempre que necessário. “Nossa rede busca minimizar o dano sofrido por essas vítimas, oferecendo um suporte que se estende por todo o ciclo de vida dessas crianças e adolescentes”, afirma Brito.
Instituída pelo decreto nº 89.437, a RAV tem como missão não apenas oferecer assistência, mas atuar na prevenção, identificação, monitoramento e avaliação de violências contra populações vulneráveis no Estado. Esse conjunto de ações governamentais visa enfrentar a violência com acolhimento seguro, assistência qualificada e escuta especializada, evitando a revitimização.
O secretário estadual de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, enfatiza a relevância da RAV: “Apesar das iniciativas e esforços das forças de segurança pública, a violência contra crianças e adolescentes é, infelizmente, uma realidade presente. Nosso dever é garantir que estas vítimas recebam um acolhimento humanizado e tratamento adequado. A RAV é fundamental nesse processo, reforçando o compromisso do Estado com a proteção de suas populações mais frágeis”, conclui.