ALAGOAS – Programa Mate Masie da Sesau: Garantia de Atenção Psicossocial a Indígenas e Quilombolas Alagoanos em Foco até 2025



No dia 8 de fevereiro de 2025, a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) apresentou o projeto “Mate Masie”, uma iniciativa crucial para oferecer assistência psicossocial a grupos indígenas e quilombolas no estado. Este programa visa não apenas prestar atendimento médico, mas também proporcionar oficinas culturais e iniciativas de geração de renda para essas comunidades. O foco do Mate Masie é reconhecer e respeitar as diversidades de gênero, raça e etnia, desenvolvendo estratégias de cuidado através da capacitação dos profissionais envolvidos. A execução do projeto acontece por meio de ações itinerantes, que incluem visitas domiciliares, rodas de conversa com mulheres e oficinas de capoeira, além de atividades relacionadas ao Bolsa Família.

De acordo com Gustavo Pontes de Miranda, secretário de Estado da Saúde, o programa fortalece a Rede de Atenção Psicossocial e assegura a promoção dos direitos constitucionais dos povos originários. Dados da Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Não Transmissíveis da Sesau mostram que a violência física está no topo dos tipos de violência enfrentados pelos indígenas em Alagoas, com 201 ocorrências entre 2020 e 2024. A violência psicológica/moral também apresenta números alarmantes, com 125 notificações no mesmo período.

O programa também busca lidar com a violência autoprovocada, identificando um número significativo de casos entre as mulheres. Amanda Baltazar, assessora técnica de Vigilância de Causas Externas da Sesau, enfatiza a importância do preenchimento correto das Fichas de Notificação, incluindo o campo raça/cor, para compreender a realidade da violência entre grupos raciais e étnicos.

Além do suporte da Suap, o projeto “Mate Masie” conta com a colaboração de várias secretarias estaduais, como Seades, Semudh, Seduc, Secult, Secria e Iteral, bem como da Defensoria Pública do Estado. Este amplo esforço intersetorial é crucial para enfrentar os problemas enfrentados pelos indígenas e quilombolas em Alagoas, promovendo equidade e acesso adequado aos direitos humanos e serviços de saúde mental.

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