A capacitação foi organizada pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HEA. O treinamento teve como principal objetivo munir os profissionais de ferramentas eficazes para lidar com a comunicação de más notícias e sobre a importância da doação de órgãos. A capacitação abordou desde aspectos técnicos e legais, passando por questões éticas e emocionais, até práticas de aproximação e diálogo com os familiares dos potenciais doadores.
Dentro do curso, foram utilizados métodos variados de ensino, como palestras, simulações e discussões de casos reais, presentes no cotidiano hospitalar. Especialistas na área de transplantes ministraram aulas teóricas e práticas, alinhando conhecimentos médicos à psicologia, essenciais para criar um processo de comunicação mais humano e empático. Essa abordagem multidisciplinar tem sido considerada vital para alcançar maior eficiência nos procedimentos de autorização da doação de órgãos.
O coordenador da CIHDOTT destacou a importância do preparo emocional e psicológico dos profissionais para que o processo de comunicação ocorra de forma respeitosa e ética. Ele mencionou que o treinamento reforça a necessidade de um comportamento acolhedor, ao mesmo tempo em que proporciona clareza e transparência sobre os procedimentos envolvidos na doação de órgãos, que podem salvar inúmeras vidas.
Essa capacitação se torna ainda mais relevante frente aos crescentes desafios no cenário de transplantes no Brasil. O país possui uma lista extensa de pacientes à espera de um órgão, e a conscientização sobre a doação ainda é um grande desafio. A falta de informação e o medo de transtornos legais são alguns dos obstáculos apresentados pelas famílias quando confrontadas com a decisão de doar.
Com esse treinamento, o Hospital de Emergência do Agreste dá um passo importante não apenas no aprimoramento de suas equipes, mas também na sensibilização da sociedade sobre a importância deste ato de solidariedade. A expectativa é que, com profissionais mais preparados, as taxas de doações de órgãos aumentem, contribuindo significativamente para a diminuição das filas de espera e salvando muitas vidas. Este é um exemplo a ser seguido por outras instituições de saúde em todo o país.
