ALAGOAS – Polícia Militar de Alagoas retorna confecção do TCO, dinamizando serviço e alcançando 97% dos municípios; medida reduz deslocamentos e economiza R$ 880 mil aos cofres públicos.



A reimplantação do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pela Polícia Militar de Alagoas, um procedimento que vinha sendo executado unicamente pela Polícia Civil até fevereiro de 2023, tem apresentado resultados notáveis no sistema de segurança pública do estado. Essa mudança, autorizada a partir de um decreto do governador Paulo Dantas, teve início em março de 2023 e já atinge 97% dos municípios alagoanos, dinamizando o serviço operacional nas ruas.

O TCO é utilizado para o registro de crimes de menor complexidade, como perturbação do sossego e ameaças. Anteriormente, a responsabilidade da Polícia Civil sobre a confecção desses documentos impunha deslocamentos longos e prolongados para as guarnições militares, sobretudo em áreas mais remotas, resultando em perda de tempo e recursos. A medida trouxe alívio ao cotidiano policial, permitindo que os registros sejam feitos no local dos fatos, sem necessidade de transferências demoradas até as delegacias.

De acordo com a 2ª Seção do Estado Maior, setor que liderou a reimplantação, a economia gerada pela redução de deslocamentos ultrapassou 880 mil reais. Além disso, essa mudança optimizou o consumo de combustível, evidenciando a eficiência da medida. Policiais agora podem passar mais tempo em patrulha e menos em trânsito, o que diretamente fortalece a segurança pública.

O impacto positivo é sentido por diversas unidades operacionais. A soldado Karla Rayane, do Batalhão Rodoviário (BPRv), destacou a diminuição do desgaste físico derivado das viagens prolongadas para registro de ocorrências. “Agora, no próprio local do flagrante, realizamos todos os procedimentos, e o TCO já sai pronto para a assinatura do autuado,” ela declarou, sublinhando a economia de tempo e segurança adicional obtida.

Desde a reimplantação, mais de 1.669 termos foram confeccionados por militares habilitados para esse procedimento, incluindo os soldados recém-formados. O benefício não se limita aos policiais; vítimas de crimes menores também são poupadas do transtorno e custos dos deslocamentos até delegacias.

Um estudo da 2ª Seção do Estado Maior revelou que crimes de trânsito e ambientais lideram os registros de TCO, com 126 casos de condução de veículo por pessoa não habilitada e 121 de cativeiro de animais silvestres. As ocorrências de ameaça (108) e perturbação do sossego (86) também são comuns.

Destaque vai para o Batalhão Ambiental (BPA), responsável pelo maior número de TCOs, seguido pelo 2º Batalhão na Zona da Mata e a 3ª Companhia Independente em Atalaia. Maceió lidera a produção geográfica dos documentos, compondo uma grande fatia do total, com os dias de sábado a segunda concentrando 50% das lavraturas.

Os resultados, amplamente aprovados pelo Tribunal de Justiça de Alagoas e pelo Ministério Público, demonstram a eficácia da reimplantação do TCO. Segundo autoridades, essa medida propiciou dinamismo ao trabalho policial, facilitando a vida dos cidadãos e reforçando a cooperação entre as instituições de justiça criminal.

O procedimento de lavratura de TCO pela Polícia Militar utiliza o aplicativo Quimera, oferecendo um sistema ágil e eletrônico para o registro dos dados, que são imediatamente encaminhados ao Tribunal de Justiça, corroborando a modernização e eficiência do serviço policial em Alagoas.

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