Essa operação marca um importante desdobramento para a justiça alagoana, ao cumprirem-se os despachos judiciais sobre um caso que permaneceu sem solução por duas décadas. Em abril de 2004, o crime chocou os moradores de Mata Grande pela brutalidade. De acordo com os autos do processo, o então acusado, aparentemente sob o efeito de álcool, envolveu-se em uma altercação com seu amigo e vizinho, Joaquim Carlos de Melo, de 71 anos. O desfecho trágico ocorreu no sítio conhecido como Saco dos Mirandas, onde a vítima foi esfaqueada. Embora tenha sido rapidamente socorrida e encaminhada ao Hospital Geral do Estado (HGE), Joaquim não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia subsequente.
As diligências indicam que, logo após o incidente, o acusado procurou ocultar-se dos olhares da lei. Junto à sua família, optou por deixar Mata Grande, dirigindo-se primeiramente ao estado de São Paulo e, posteriormente, estabelecendo-se em Minas Gerais. Durante todo este período, viveu em aparente normalidade na localidade de Campos Elísios, na zona rural de Montes Claros, até a intervenção bem-sucedida das autoridades alagoanas.
A operação, conduzida sob a supervisão do delegado Thales Araújo, simboliza uma vitória não apenas para o sistema judiciário alagoano, mas para a comunidade de Mata Grande, que aguardava por justiça. A captura do acusado traz conforto às famílias impactadas pelo crime e reforça a mensagem de que, apesar do passar do tempo, a lei se mantém vigilante. A prisão é um testemunho da eficácia da cooperação interestadual e do empenho contínuo das forças de segurança em resolver casos não solucionados, trazendo finalmente um semblante de alívio e justiça àqueles que foram direta e indiretamente afetados pelo ocorrido.