O objetivo principal desta ação é assegurar que estas mulheres, mesmo estando em condições de reclusão, tenham acesso aos cuidados indispensáveis para a saúde, conforme orientado pela Lei de Execuções Penais. O exame de mamografia é um teste preventivo essencial recomendado especialmente para mulheres acima dos 40 anos, faixa etária em que a detecção precoce de anomalias tem um impacto significativo nas chances de tratamento eficaz.
A campanha iniciou com um grupo de dez reeducandas, e a execução do programa prevê que outras três turmas também participem dos exames ao longo do mês de outubro. Lavínia Rufino, coordenadora de Saúde da Mulher na Sesau, ressalta a importância vital desta medida, afirmando que “a mamografia é crucial, já que um diagnóstico precoce de câncer de mama pode aumentar consideravelmente as probabilidades de cura”. Ao todo, serão 40 participantes beneficiadas pela iniciativa.
Uma das reclusas, que preferiu não ser identificada para garantir sua segurança, expressou gratidão pela possibilidade de realizar o exame. Para ela, o projeto é uma oportunidade essencial, uma vez que está ciente da importância do diagnóstico precoce na eficácia do tratamento do câncer.
A mobilização conta ainda com o apoio logístico da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e a atuação do Grupamento de Escolta e Remoção (Gerit), responsáveis por garantir o transporte seguro das participantes. Nathália Aquino, enfermeira e coordenadora da Central de Marcação da Seris, explica que embora estas ações sejam intensificadas em outubro, a preocupação com a saúde das reeducandas é uma constante ao longo de todo o ano.
Este mutirão de mamografias representa um passo significativo na humanização do sistema carcerário e no reconhecimento dos direitos fundamentais à saúde, impactando positivamente a vida das mulheres que, mesmo em condição de privação de liberdade, não devem ser privadas de seus direitos básicos.