Desde a sua inauguração, idealizada por Bráulio Leite Júnior, então presidente da Fundação Teatro Deodoro (Funted), o Misa tem sido um guardião da memória audiovisual alagoana. Seu acervo diversificado atrai não apenas historiadores e pesquisadores, mas também turistas e moradores, tornando-se um dos monumentos históricos mais visitados da capital alagoana.
Manter um prédio histórico em pleno funcionamento é um desafio constante, mas o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), tem se empenhado em garantir não apenas a preservação física, mas também a relevância cultural do Misa. A sede do museu, que passou por diversas transformações e reformas ao longo das décadas, é um testemunho vivo da evolução de Maceió e de Alagoas.
A secretária de Estado da Cultura destacou que o Misa não é apenas um edifício repleto de objetos antigos; ele representa a alma de uma comunidade. “O prédio histórico que abriga o Misa é uma parte fundamental deste legado. Com sua linda arquitetura neoclássica e um passado que vai de Consulado Provincial a Corpo de Guarda, o edifício é um testemunho vivo da evolução de Maceió e de Alagoas”, afirmou.
O acervo do Misa é uma verdadeira coleção de tesouros que permitem aos visitantes uma imersão nas diferentes épocas de Alagoas. Celulares antigos, câmeras fotográficas, computadores e gravadores são apenas alguns dos itens que compõem esse valioso repositório. A construção desse acervo não foi tarefa fácil; Bráulio Leite enfrentou muitos desafios, inclusive lançando uma campanha de arrecadação de itens que resultou na obtenção de aproximadamente 12 mil fotos da antiga Maceió.
Além de objetos e fotografias, o Misa desenvolveu ao longo dos anos vários projetos e espaços dedicados a grandes figuras alagoanas. Memoriais de Edécio Lopes, Valmir Calheiros e Freitas Neto, entre outros, abrigam coleções impressionantes de itens pessoais e momentos inéditos com ícones da música brasileira. O memorial do Dr. Raimundo Campos, um dos mais notáveis, conta com uma coleção rica e rara de aproximadamente 3 mil itens, entre os quais se destacam CDs, DVDs, discos de vinil e fitas cassetes.
Educação e cultura são pilares do Misa, que além de disponibilizar seus acervos, desenvolve projetos como o Cine Misa, que desde 2011 exibe gratuitamente filmes, documentários e curtas alagoanos e nacionais. Este projeto tem sido um sucesso, promovendo o acesso ao audiovisual e ao conhecimento histórico para a população.
O Museu da Imagem e do Som de Alagoas não só preserva a história, mas educa e enriquece a comunidade, comprovando que é possível manter viva a memória cultural enquanto se adapta aos novos tempos.