ALAGOAS – Museu da Imagem e do Som de Alagoas celebra 43 anos como ícone de memória cultural em Maceió

No coração do histórico bairro do Jaraguá, em Maceió, encontra-se uma preciosidade cultural que, por 43 anos, tem sido um elo entre o passado, o presente e o futuro: o Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa). Este espaço, que destaca-se com sua arquitetura neoclássica, é muito mais do que um repositório de memórias; tornou-se um protagonista no cenário audiovisual e histórico do estado de Alagoas.

Desde a sua inauguração, idealizada por Bráulio Leite Júnior, então presidente da Fundação Teatro Deodoro (Funted), o Misa tem sido um guardião da memória audiovisual alagoana. Seu acervo diversificado atrai não apenas historiadores e pesquisadores, mas também turistas e moradores, tornando-se um dos monumentos históricos mais visitados da capital alagoana.

Manter um prédio histórico em pleno funcionamento é um desafio constante, mas o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), tem se empenhado em garantir não apenas a preservação física, mas também a relevância cultural do Misa. A sede do museu, que passou por diversas transformações e reformas ao longo das décadas, é um testemunho vivo da evolução de Maceió e de Alagoas.

A secretária de Estado da Cultura destacou que o Misa não é apenas um edifício repleto de objetos antigos; ele representa a alma de uma comunidade. “O prédio histórico que abriga o Misa é uma parte fundamental deste legado. Com sua linda arquitetura neoclássica e um passado que vai de Consulado Provincial a Corpo de Guarda, o edifício é um testemunho vivo da evolução de Maceió e de Alagoas”, afirmou.

O acervo do Misa é uma verdadeira coleção de tesouros que permitem aos visitantes uma imersão nas diferentes épocas de Alagoas. Celulares antigos, câmeras fotográficas, computadores e gravadores são apenas alguns dos itens que compõem esse valioso repositório. A construção desse acervo não foi tarefa fácil; Bráulio Leite enfrentou muitos desafios, inclusive lançando uma campanha de arrecadação de itens que resultou na obtenção de aproximadamente 12 mil fotos da antiga Maceió.

Além de objetos e fotografias, o Misa desenvolveu ao longo dos anos vários projetos e espaços dedicados a grandes figuras alagoanas. Memoriais de Edécio Lopes, Valmir Calheiros e Freitas Neto, entre outros, abrigam coleções impressionantes de itens pessoais e momentos inéditos com ícones da música brasileira. O memorial do Dr. Raimundo Campos, um dos mais notáveis, conta com uma coleção rica e rara de aproximadamente 3 mil itens, entre os quais se destacam CDs, DVDs, discos de vinil e fitas cassetes.

Educação e cultura são pilares do Misa, que além de disponibilizar seus acervos, desenvolve projetos como o Cine Misa, que desde 2011 exibe gratuitamente filmes, documentários e curtas alagoanos e nacionais. Este projeto tem sido um sucesso, promovendo o acesso ao audiovisual e ao conhecimento histórico para a população.

O Museu da Imagem e do Som de Alagoas não só preserva a história, mas educa e enriquece a comunidade, comprovando que é possível manter viva a memória cultural enquanto se adapta aos novos tempos.

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