ALAGOAS – Mulheres rurais alagoanas lideram propriedades agropecuárias e superam média nacional, aponta levantamento do IBGE.



No Dia Internacional da Mulher, uma reportagem do jornal Tribuna Independente revelou que as mulheres rurais de Alagoas estão mais presentes na gestão dos estabelecimentos agropecuários, superando a média nacional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação feminina na administração do agro no Brasil é de 19,7%, enquanto em Alagoas esse número chega a 24,59%, conforme o último Censo Agropecuário de 2017.

Um exemplo dessa realidade é Luciene de Carvalho, uma agricultora do povoado de Jenipapo, em Igreja Nova, que administra a propriedade da família enquanto o marido trabalha fora. Luciene cultiva diversos produtos e faz parte do Núcleo de Mulheres da Associação dos Produtores Rurais do Povoado Jenipapo, buscando independência produtiva e financeira, além de participar de programas de incentivo à agricultura, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri) tem promovido projetos para incentivar a presença feminina na produção agropecuária, como o projeto-piloto Ater para Mulher, que visa aumentar a participação e inclusão produtiva das mulheres na área rural. A iniciativa conta com 41 extensionistas atendendo mais de 1.500 famílias em 21 municípios alagoanos, priorizando Comunidades Tradicionais e Assentadas e Acampadas.

A extensionista Cinthia Fontes, da Emater Alagoas, destaca a importância de garantir e viabilizar os direitos sociais de acesso para as mulheres rurais. Ela ressalta o desafio de trabalhar na extensão rural em uma área tradicionalmente dominada por homens, mas vê os resultados positivos, como o aumento da produtividade de leite no povoado onde atua.

A secretária de Agricultura, Carla Dantas, acredita que investir na agricultura familiar é crucial para proporcionar oportunidades mais justas e igualitárias às mulheres rurais de Alagoas. O trabalho conjunto das instituições e dos Núcleos de Mulheres tem proporcionado avanços significativos na participação feminina na produção agrícola do estado, promovendo o empoderamento e a independência financeira das mulheres no campo.

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