Um exemplo dessa realidade é Luciene de Carvalho, uma agricultora do povoado de Jenipapo, em Igreja Nova, que administra a propriedade da família enquanto o marido trabalha fora. Luciene cultiva diversos produtos e faz parte do Núcleo de Mulheres da Associação dos Produtores Rurais do Povoado Jenipapo, buscando independência produtiva e financeira, além de participar de programas de incentivo à agricultura, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri) tem promovido projetos para incentivar a presença feminina na produção agropecuária, como o projeto-piloto Ater para Mulher, que visa aumentar a participação e inclusão produtiva das mulheres na área rural. A iniciativa conta com 41 extensionistas atendendo mais de 1.500 famílias em 21 municípios alagoanos, priorizando Comunidades Tradicionais e Assentadas e Acampadas.
A extensionista Cinthia Fontes, da Emater Alagoas, destaca a importância de garantir e viabilizar os direitos sociais de acesso para as mulheres rurais. Ela ressalta o desafio de trabalhar na extensão rural em uma área tradicionalmente dominada por homens, mas vê os resultados positivos, como o aumento da produtividade de leite no povoado onde atua.
A secretária de Agricultura, Carla Dantas, acredita que investir na agricultura familiar é crucial para proporcionar oportunidades mais justas e igualitárias às mulheres rurais de Alagoas. O trabalho conjunto das instituições e dos Núcleos de Mulheres tem proporcionado avanços significativos na participação feminina na produção agrícola do estado, promovendo o empoderamento e a independência financeira das mulheres no campo.