ALAGOAS – Ministério da Saúde e Sesau Concluem Oficina sobre Diagnóstico de Doença Meningocócica em Alagoas



Em um esforço conjunto para enfrentar a doença meningocócica, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) concluíram, nesta quinta-feira (15), uma oficina dedicada ao diagnóstico e assistência aos pacientes atingidos pela enfermidade. O evento, que aconteceu no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro Jaraguá, em Maceió, reuniu gestores e técnicos das três esferas governamentais e contou com a colaboração do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), congregando as 102 Secretarias Municipais de Saúde do estado.

Durante os dois dias de debates, os participantes discutiram estratégias para melhorar o fluxo de enfrentamento da doença. Desde o início do ano, até o dia 10 de agosto, Alagoas já confirmou 13 casos de meningite meningocócica, sendo 10 do tipo B e três ainda sem identificação. Desses casos, 11 ocorreram em Maceió, um em Jequiá da Praia e um em Flexeiras. Infelizmente, os dados revelam também sete óbitos: cinco na capital alagoana, um em Jequiá da Praia e um em Flexeiras.

A oficina em Maceió foi viabilizada após o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, realizar uma visita em julho ao Ministério da Saúde em Brasília. Na ocasião, ele apresentou um panorama detalhado da doença e solicitou apoio do governo federal. Em resposta, Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, comprometeu-se a visitar Alagoas junto com sua equipe técnica.

Gustavo Pontes de Miranda destacou a importância da parceria entre as diferentes esferas de governo para enfrentar a doença de forma eficaz. “Nosso objetivo é criar um protocolo unificado para o diagnóstico precoce e tratamento dos pacientes acometidos pela doença meningocócica”, afirmou.

Entre as iniciativas delineadas durante o evento, estão a assistência técnica contínua aos municípios alagoanos, monitoramento regular dos casos e a importância de diagnósticos rápidos, com análises realizadas pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). Além disso, foi implementado o conceito de “leito zero”, garantindo que pacientes diagnosticados com a doença sejam imediatamente encaminhados para unidades hospitalares apropriadas pela Central Estadual de Regulação de Leitos.

Thalyne Araújo, secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesau, enfatizou a relevância do evento para a discussão de políticas públicas adequadas ao enfrentamento da doença. “Como enfermeira e gestora, sei dos desafios enfrentados pelos profissionais de saúde para garantir a segurança clínica dos pacientes. Este evento é crucial por reunir gestores e técnicos de diversas instituições para um debate aprofundado”, afirmou.

Por sua vez, Eder Gatti ressaltou a importância de protocolos de atendimento bem ajustados e harmonizados. “O Brasil conseguiu reduzir significativamente os casos de doenças meningocócicas com a introdução da vacina meningocócica conjugada quadrivalente ao Calendário Nacional de Vacinação em março de 2020. No entanto, é essencial manter o rigor técnico e científico para continuar avançando”, concluiu.

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