ALAGOAS – Médicos de Alagoas Recebem Treinamento para Diagnóstico de Morte Encefálica e Suporte a Famílias de Pacientes Potenciais Doadores de Órgãos



Na última quinta-feira, 27 de março de 2025, a Central de Transplantes de Alagoas conduziu um curso voltado ao Diagnóstico de Morte Encefálica, destinado a médicos de diversos hospitais do estado. A iniciativa, realizada na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), em Maceió, teve como objetivo preparar os profissionais para o processo de diagnóstico de morte encefálica, alinhado às diretrizes estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Tal capacitação é essencial para a correta identificação e confirmação de possíveis doadores de órgãos, passo fundamental para a captação e posterior transplante.

Durante o evento, especialistas apresentaram as técnicas e procedimentos necessários para estabelecer a morte encefálica, incluindo pré-requisitos obrigatórios, exames clínicos, teste de apneia, e até a retirada do suporte vital. Além disso, o curso proporcionou momentos para discussões, análise de casos práticos e realização de exames, contribuindo significativamente para a formação prática dos envolvidos.

A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, destacou a importância do curso, que segue a Resolução do CFM Nº 2173/2017. Segundo ela, a capacitação visa garantir que os médicos possam identificar com precisão os pacientes nessas condições, facilitando o protocolo para possíveis doações.

A médica Laisy Amorim, participante do curso e residente em Medicina Intensiva, enfatizou a relevância do treinamento para aprimorar a comunicação do diagnóstico às famílias de forma segura e assertiva. Este preparo não apenas melhora a prática médica, mas também potencializa as chances de doação, um fator crucial para reduzir a fila de espera por transplantes.

Dados recentes da Central de Transplantes de Alagoas indicam que 583 pessoas aguardam por transplantes no estado, sendo a maioria à espera de córneas, além de outros aguardando rins, fígados e corações. A correta identificação e autorização de doadores pode se traduzir em uma significativa redução dessa lista, proporcionando novas esperanças a muitos pacientes.

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