Durante o evento, especialistas apresentaram as técnicas e procedimentos necessários para estabelecer a morte encefálica, incluindo pré-requisitos obrigatórios, exames clínicos, teste de apneia, e até a retirada do suporte vital. Além disso, o curso proporcionou momentos para discussões, análise de casos práticos e realização de exames, contribuindo significativamente para a formação prática dos envolvidos.
A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, destacou a importância do curso, que segue a Resolução do CFM Nº 2173/2017. Segundo ela, a capacitação visa garantir que os médicos possam identificar com precisão os pacientes nessas condições, facilitando o protocolo para possíveis doações.
A médica Laisy Amorim, participante do curso e residente em Medicina Intensiva, enfatizou a relevância do treinamento para aprimorar a comunicação do diagnóstico às famílias de forma segura e assertiva. Este preparo não apenas melhora a prática médica, mas também potencializa as chances de doação, um fator crucial para reduzir a fila de espera por transplantes.
Dados recentes da Central de Transplantes de Alagoas indicam que 583 pessoas aguardam por transplantes no estado, sendo a maioria à espera de córneas, além de outros aguardando rins, fígados e corações. A correta identificação e autorização de doadores pode se traduzir em uma significativa redução dessa lista, proporcionando novas esperanças a muitos pacientes.