O investigado é acusado de se passar por policial da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC) e afirmava ser sobrinho de um juiz, embora seu real emprego fosse como motorista em uma usina. Durante a operação policial, dispositivos eletrônicos na posse do suspeito, como celulares, tablets e computadores, estavam na mira das autoridades, que buscavam possíveis provas do envolvimento em um leque de crimes digitais.
A situação ganhou contornos mais graves quando o homem, na presença da equipe policial, desinstalou o aplicativo WhatsApp, atitude que foi interpretada como tentativa de destruir ou ocultar provas vitais para a investigação em curso. O suspeito já possuía um histórico preocupante de crimes via internet, com acusações de ameaça, stalking, importunação e extorsão sexual contra duas mulheres e seus familiares.
As investigações revelaram que o modus operandi do acusado envolvia a ameaça de divulgação de imagens íntimas na internet, enquanto ele exigia relações sexuais ou o envio continuado de material comprometedores. Apesar de negar as acusações, novas vítimas surgiram, elevando o número total para seis. Entre as mulheres afetadas, uma teria desenvolvido depressão devido ao constante assédio e chantagem.
O caso segue ganhando novos desdobramentos, com mandado expedido pela Vara do Único Ofício de Campo Alegre, para a coleta de mais evidências e a identificação de outras possíveis vítimas desse esquema de terror virtual. É um lembrete contundente da complexidade e do perigo dos crimes digitais na sociedade contemporânea.