Atualmente, o Hemoal contabiliza 64.613 registros de doadores no estado, um número que ainda precisa crescer para aumentar as chances de compatibilidade genética, um desafio em um país de vasta miscigenação como o Brasil. A hematologista do Hemoal, Verônica Guedes, destaca a complexidade da compatibilidade genética, enfatizando que para cada 100 mil possíveis doadores registrados, apenas um pode ser compatível com um receptor. Ela explica que o procedimento de doação é simples e que, após 48 horas, o doador pode retomar suas atividades normais.
A jornada para se tornar um doador começa com critérios como ter entre 18 e 35 anos, boas condições de saúde, e comparecer a uma unidade do Hemoal em Arapiraca ou Maceió com documentos básicos. Ali, o voluntário preenche um formulário e doa uma pequena amostra de sangue para análise genética. Caso haja compatibilidade com um receptor, o potencial doador passa por exames adicionais antes do transplante.
Histórias como a de Raphael de Oliveira, que salvou a vida de uma paciente chamada Alice, demonstram o impacto desse gesto altruísta. Alice, diagnosticada com leucemia, recebeu a medula de Raphael em 2021, renovando sua esperança e vitalidade.
Do mesmo modo, a jovem Melissa Luna, de apenas 12 anos, diagnosticada com Leucemia Linfóide Aguda, encontrou sua cura graças a uma doadora canadense de 20 anos. A mãe de Melissa, Josiane Luna, descreve a experiência como uma transformação, destacando a importância das campanhas de doação.
Esses relatos reforçam a mensagem do Fevereiro Laranja: cada pessoa tem o poder de fazer a diferença e, em muitos casos, de ser a diferença entre vida e morte para alguém necessitado de um transplante. A campanha continua em busca de mais voluntários, na esperança de ampliar a rede de solidariedade e salvar mais vidas.