3º Festival de Cinema de Arapiraca Atraí Público Nacional e Brilha no Cenário Nordestino
O 3º Festival de Cinema de Arapiraca concluiu sua programação com notável sucesso, reunindo mais de duas mil pessoas de diversas partes do Brasil. Realizado entre 21 e 25 de agosto de 2024, o evento destacou-se como um dos mais importantes do cenário audiovisual nordestino. A programação incluiu uma vasta gama de atividades que celebraram a diversidade e a riqueza do cinema alagoano e nacional, atraindo cineastas, críticos, estudantes e amantes da sétima arte.
Durante os cinco dias de festival, foram exibidos longas, curtas-metragens, documentários e animações, muitos deles inéditos no circuito comercial. As obras selecionadas abordaram temas sociais relevantes e narrativas inovadoras, refletindo a pluralidade do cinema contemporâneo. Este ano, a curadoria deu ênfase a histórias locais e temas que fomentam discussões sociais, destacando o compromisso do festival em ser um espaço de reflexão e resistência cultural.
Além das exibições, o festival ofereceu uma série de oficinas e workshops de capacitação em áreas como roteiro, direção de arte, fotografia e produção audiovisual. Especialistas renomados conduziram as atividades, oferecendo aos participantes uma oportunidade ímpar de aprendizado e troca de experiências. Debates e rodas de conversa também foram promovidos, permitindo um diálogo direto entre criadores e o público.
Um dos momentos mais esperados foi a presença do ator Jesuíta Barbosa e do homenageado da edição, Tairone Feitosa, uma figura icônica no cinema nacional. Ambos participaram de sessões de Q&A e debates, enriquecendo ainda mais o evento.
A premiação foi outro ponto alto do festival. Ao todo, 31 filmes competiram em três mostras distintas: Navi, Mostra Nordeste e Mostra Brasil. "Jaci", de Bruno Lobo La Loba, foi o grande destaque da Mostra Navi, vencendo o prêmio de Melhor Filme. "Cavaram uma cova no meu coração", de Ulisses Arthur, foi o grande ganhador da Mostra Nordeste, enquanto "Pássaro memória", de Leonardo Martinelli, se destacou na Mostra Brasil, recebendo o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Oficial.
Os vencedores receberam um troféu exclusivo, criado pelo artista arapiraquense Albério Carvalho. O design da peça faz referência à cultura fumageira da região, combinando elementos que simbolizam tanto o ambiente rural quanto a riqueza cultural do Agreste alagoano.
O festival foi encerrado em grande estilo com uma festa ao som da banda pernambucana Academia da Berlinda, da banda local Cumbia das Antigas e do DJ Lili. A Praça Luís Pereira Lima ficou lotada, oferecendo um espetáculo de música e arte que celebrou o sucesso do evento.
Segundo Mellina Freitas, Secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, a importância do festival vai além da celebração artística. "A terceira edição do Festival de Cinema de Arapiraca reafirma sua importância no calendário cultural de Alagoas. Este evento é fundamental para o fortalecimento do cenário audiovisual nordestino, fomentando a indústria criativa local e gerando novas oportunidades para talentos emergentes", afirmou.
Realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal, o festival conta ainda com o apoio do Governo de Alagoas, da Prefeitura de Arapiraca, além de diversas instituições e empresas que tornam possível a realização deste importante evento cultural.
O 3º Festival de Cinema de Arapiraca não apenas consolidou seu espaço no calendário cultural de Alagoas, mas também se tornou uma vitrine essencial para o cinema do estado e do país, levando histórias locais e vozes diversas a um público cada vez maior.