Durante todo o dia, os visitantes puderam admirar e adquirir uma diversidade de produtos expostos. Entre os destaques estavam itens de beleza confeccionados com tecidos africanos, como turbantes, tiaras, brincos e colares. Além disso, os frequentadores da feira puderam degustar iguarias típicas da culinária afro-brasileira.
Tereza Olegário, uma artesã de Maceió, foi uma das participantes que aproveitou a oportunidade para expor seus talentos. Dona de um ateliê onde produz desde turbantes até saias envelopadas, Tereza não escondeu a satisfação por participar do evento. “Trabalho com esses artigos há 10 anos, e poder divulgar meu trabalho em um evento como este é uma forma de celebrar o Mês da Mulher Negra na prática. Além do empoderamento, há também a chance de obter um ganho financeiro, o que é muito bem-vindo”, declarou.
A assistente social Vanessa Castro, que chefia a Equipe de Mobilização e Articulação Social do programa, explicou a motivação por trás da realização da feira. “Julho é um mês dedicado às mulheres negras. Pensamos em abrir o espaço do Ronda no Bairro justamente para dar visibilidade e empoderar essas mulheres, além de oferecer uma oportunidade para que possam negociar seus produtos. Estamos muito felizes com o sucesso do evento”, afirmou Vanessa.
Marina Xavier, psicóloga e integrante da equipe social do Ronda, também celebrou a realização da feira. “Criamos a possibilidade para que essas mulheres negras mostrem a força e o empoderamento que possuem através de seu trabalho,” explicou.
O superintendente do programa, tenente-coronel Fábio Melo, destacou a importância de eventos como este para a filosofia de proximidade defendida pelo Ronda no Bairro. “Sempre reafirmamos a parceria com outros órgãos do governo e abrimos espaço para todos os segmentos da sociedade. Conhecer o trabalho dessas empreendedoras nos permite dar o apoio necessário para que elas continuem firmes na sua luta,” pontuou o tenente-coronel.
O evento ainda contou com a parceria das secretarias da Mulher e Direitos Humanos (SEMUDH), de Assistência Social (Seades), do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), e recebeu o apoio da Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev), reunindo esforços conjuntos para o sucesso da iniciativa.