Com a mediação da produtora e organizadora Madlene Delfino, a exposição busca retratar a história pessoal e os caminhos percorridos por Joyce Nobre na construção de sua identidade como mulher preta. A artista afirma que é de extrema importância conseguir expressar sua história através dos símbolos, sinais e histórias de cura que vem construindo ao longo do tempo.
A abertura da exposição será na sexta-feira (1º) às 19h30 e contará com uma apresentação musical da artista Mary Alves. A entrada é gratuita para o público que desejar apreciar as obras e conhecer o trabalho de Joyce Nobre.
O Misa, equipamento cultural do Governo de Alagoas administrado pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), está localizado na Rua Sá e Albuquerque, 275, no bairro de Jaraguá, em Maceió.
Sobre a artista, Joyce Nobre Aristides é uma artista visual, mulher preta e múltipla, que conseguiu conciliar suas diversas funções, como ser dona de casa, mãe e expressar sua criatividade artística. Em 2020, ela decidiu abandonar a profissão de vendedora de sacolé gourmet para se dedicar ao universo das artes visuais.
Joyce iniciou suas pinturas em cerâmicas de barro e logo expandiu seu trabalho para as telas, retratando sua ancestralidade. Atualmente, ela também expressa suas histórias e sentimentos em roupas, que já estão em posse de artistas renomados como Chico César, Mariana Aydar e a artista alagoana Mel Nascimento.
Além dos ateliês, Joyce leva sua arte para as ruas, colorindo muros e encantando as pessoas. É possível encontrar um muralismo de sua autoria no mercado do artesanato, localizado no bairro Levada, e outras pinturas estão espalhadas pelo estado de Alagoas, seja em trabalhos solo ou em parcerias com outros artistas locais.
A artista também já assinou outras exposições, sendo a mais recente intitulada “Sagrado Feminino”. Nessa exposição, Joyce retratou, de forma delicada, as contradições do feminino, buscando destacar a beleza e a força da feminilidade.
Portanto, a exposição “Amor Preto Cura” é uma oportunidade para o público apreciar o talento de Joyce Nobre e refletir sobre as histórias e os caminhos percorridos pelas pessoas pretas na construção de suas identidades.