Alagoas Expande Criação Sustentável de Abelhas com Abertura de Meliponário Escola e Distribuição de 47 Enxames Nativos Uruçu



Por Assessoria

Na última semana, a União dos Produtores de Própolis Vermelha de Alagoas, a Uniprópolis, recebeu 47 enxames de abelhas nativas do tipo uruçu, conhecidas por não possuírem ferrão. Esta iniciativa faz parte do Projeto “Impacto Socioambiental para o Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Criação de Abelhas na Área da Denominação de Origem Manguezais de Alagoas”.

Dos 47 enxames, 27 foram introduzidos em um sítio localizado no bairro Fernão Velho, em Maceió. Lá, Régis Cavalcante assume o papel de guardião dessas abelhas nativas, com a responsabilidade de cuidar e, futuramente, distribuir parte dos enxames para beneficiários locais. Já os outros 20 enxames foram alocados no assentamento Primavera, em Paripueira, no Litoral Norte de Alagoas, onde um meliponário escola está sendo desenvolvido sob a supervisão de José Herculano.

O meliponário escola tem como missão capacitar futuros meliponicultores, garantindo que aprendam boas práticas de manejo produtivo. O objetivo é assegurar a manutenção de colmeias saudáveis e produtivas, além de impulsionar a reprodução e multiplicação dos enxames.

EXPANSÃO

O projeto de expansão da apicultura, tanto de abelhas nativas quanto de abelhas com ferrão, continua a avançar em Alagoas. A expectativa é que, nos próximos meses, 1.400 novas caixas sejam povoadas. Esse movimento não apenas fortalece a produção de mel na região, mas também promove a preservação das espécies nativas, gerando um impacto socioambiental significativo.

Atualmente, foram adquiridas 200 caixas para a reprodução, com a expectativa de que, em um ano, esse número cresça para 1.200 colmeias produtivas. A cada quatro meses, as colônias são divididas, permitindo uma expansão progressiva dos enxames até atingir a meta prevista.

Concentrando-se nas abelhas sem ferrão, o projeto já conta com 47 caixas e espera alcançar 120 até o fim deste mês. Em março, mais 80 colmeias devem chegar, totalizando 200 unidades destinadas a essa categoria. Essas colônias terão um ciclo de replicação semelhante ao empregado com as abelhas Apis, contribuindo para a expansão sustentável do projeto.

2.700 CAIXAS

A entrega de equipamentos pela Codevasf marca um avanço crucial para a expansão do projeto. A instituição se comprometeu a fornecer 2.700 caixas para abelhas com ferrão e 1.200 caixas para abelhas sem ferrão.

Entre setembro e outubro de 2025, a fase de reprodução dará espaço à produção efetiva de mel. A partir de março do ano seguinte, esse ciclo será renovado, assegurando a continuidade do projeto e a ampliação das capacidades produtivas das colmeias.

Esse projeto destaca o potencial de Alagoas no setor da apicultura e meliponicultura, combinando desenvolvimento sustentável com geração de renda e preservação ambiental. Com o avanço das atividades, a expectativa é de que cada vez mais produtores e comunidades sejam beneficiados, firmando a criação de abelhas como uma alternativa econômica e ambientalmente responsável para o estado.

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