Com um total de 94 socioeducandos matriculados, a instituição segue rigorosamente a mesma matriz curricular das escolas convencionais. Esta aproximação não apenas garante o direito à educação, mas também atua como um agente transformador na vida desses jovens. Leilson Oliveira, gestor da escola, observa a evolução no papel dos educadores dentro do sistema, sublinhando que o ambiente, outrora desafiador, agora é reconhecido pelo seu potencial transformador. O professor é visto como um facilitador na jornada de reconstrução social e pessoal dos estudantes.
A relevância desse trabalho é manifestada nas conquistas dos alunos, como a de um jovem de 17 anos que alcançou a certificação do Ensino Médio por meio do Encceja PPL e participou do Enem como treineiro, destacando-se pelo desempenho. Este aluno, agora cursando o segundo ano do Ensino Médio, nutre o sonho de ingressar na universidade, impulsionado pela formação recebida na Escola Paulo Jorge.
Cássia Moreno, gerente de Desenvolvimento Integral da Superintendência de Medidas Socioeducativas da Seprev, enfatiza que a escola vai além da formação científica, promovendo também o crescimento humano e cidadania. Ela destaca a função crucial da escola em integrar socialmente os jovens, lançando as bases para uma sociedade mais justa e equitativa, refletindo o desejo coletivo por um futuro mais promissor. Este enfoque na educação como ferramenta de ressocialização sinaliza uma mudança significativa na abordagem do sistema, sublinhando a educação como um pilar central para a reabilitação e reintegração social.