O curso começou a ser oferecido por meio de financiamento federal através do Programa de Licenciatura Intercultural Indígena (PROLIND), inicialmente formando 67 professores de sete povos indígenas. Atualmente, o CLIND conta com 240 alunos e oferece cinco cursos: Geografia, História, Letras, Pedagogia e Matemática. As aulas são ministradas em quatro polos distribuídos pelo estado, contemplando doze etnias, como os Wassu-Cocal e os Kariri-Xocó.
O impacto do CLIND se estende além das salas de aula, ao promover mudanças significativas na qualidade de vida das comunidades indígenas. Parcerias com órgãos governamentais resultaram em iniciativas como o programa “Pontapé – Primeiro Emprego Indígena”, que concedeu 165 bolsas para graduandos, promovendo dignidade e reduzindo a evasão escolar. A importância do curso é evidenciada por depoimentos de seus alunos, que destacam o papel transformador do CLIND em suas vidas pessoais e profissionais.
A coordenadora do CLIND, professora Iraci Nobre, é uma figura de destaque nesta trajetória. Com uma trajetória acadêmica robusta e uma dedicação incansável à causa indígena, Iraci recebeu diversas honrarias, incluindo a Medalha Silvio Vianna em 2024, pelo Governo de Alagoas, em reconhecimento ao seu trabalho. Ela reforça que o CLIND vai além de um curso acadêmico, tornando-se um instrumento de luta e resistência para os povos indígenas na busca por justiça e inclusão educacional. O reconhecimento com o Selo ODS Educação 2024 consolida a importância do CLIND no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e a cerimônia de premiação ocorrerá em março de 2025 no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. A Uneal teve outros nove projetos reconhecidos, destacando seu compromisso com uma educação transformadora.