ALAGOAS – Crianças Visitaram Centro de Triagem e Aprenderam Sobre Resgate de Animais Silvestres



No dia 31 de julho, um grupo de crianças do projeto Botânico Mirim, promovido pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL), realizou uma visita ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). A experiência proporcionou aos pequenos uma proximidade inédita com animais que foram resgatados de situações de risco e que estão em fase de recuperação no centro. A visita não apenas encantou as crianças, mas também serviu como um meio educativo para inculcar nos jovens visitantes a importância do cuidado e da proteção ambiental desde cedo.

O Cetas funciona como um refúgio temporário para animais resgatados de situações ilegais, incluindo operações de fiscalização e resgates. No local, cada animal recebe cuidado veterinário adequado e passa por uma avaliação que determina sua capacidade de reintegração ao habitat natural. Para aqueles que não podem retornar à natureza, alternativas como transferência para zoológicos são consideradas para garantir seu bem-estar.

A médica veterinária do IMA, Pérola Marques, que acompanha o trabalho no Cetas, expressou seu espanto com o conhecimento e o entusiasmo das crianças durante a visita. “Muitas já chegaram aqui sabendo um pouco sobre os animais, com curiosidade, com brilho nos olhos e sorrisos. As crianças de hoje são os adultos de amanhã, então saber desde cedo sobre o tráfico de animais e o que fazer, a forma correta de agir ao encontrar um animal em situação de perigo ou até mesmo na residência deles, é essencial para que cresçam com essa consciência”, comentou Marques.

Os pequenos visitantes tiveram a oportunidade de observar de perto diversas espécies em tratamento, como a preguiça-comum (Bradypus variegatus), o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva). Além dos animais nativos, algumas espécies exóticas, como a cobra-do-milho (Pantherophis guttatus), foram apresentadas. Esta última é uma espécie comum nos Estados Unidos, utilizada no controle de roedores em fazendas, e chegou ao Brasil através do tráfico de animais.

A visita foi rica em atividades educativas. Informações sobre curiosidades, ficha técnica e ocorrência dos animais foram compartilhadas com as crianças, que também receberam orientações sobre como proceder ao encontrar uma espécie fora do seu habitat natural. Matheus Gonçalves, de oito anos, era um dos entusiastas do grupo. “Eu gostei muito de ver os animais. O meu favorito foi o bicho-preguiça. Ele é lindo, o meu sonho era ver um. Aprendi aqui hoje que não se pode maltratar a natureza e sobre os cuidados com os animais silvestres”, contou o jovem botânico.

Para Helena Nascimento, coordenadora do projeto Botânico Mirim, a integração entre flora e fauna é essencial no processo educativo. “Eles entenderam a diferença entre animais silvestres e domésticos, porque alguns animais podem ser criados em casa e outros têm que ficar na natureza porque são animais silvestres. Para fixar a imagem, nós fizemos uma atividade sobre como o animal é, o nome deles, para que, quando encontrarem esses animais em alguma situação de resgate, possam contribuir”, explicou Helena.

A visita ao Cetas deixou uma marca significativa nas crianças, mostrando que educação ambiental começa desde cedo e pode moldar futuras gerações mais conscientes e preocupadas com o meio ambiente.

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