Conforme dados apresentados pela CPI, o mercado de apostas movimentou entre R$ 89 bilhões e R$ 129 bilhões no Brasil em 2024. Este crescimento acelerado trouxe preocupações quanto à integridade financeira de milhões de brasileiros, impactados por promessas enganosas de lucros fáceis. A atuação da Polícia Civil alagoana foi crucial para desvendar irregularidades significativas dentro deste cenário.
As operações mencionadas focaram na desarticulação de influenciadores digitais que promoviam plataformas de apostas clandestinas. A investigação revelou que essas personalidades utilizavam “contas demonstração” para simular ganhos fictícios em vídeos, enganando seus seguidores. Durante a primeira fase, a PCAL identificou prejuízos que ultrapassavam R$ 15 milhões. Há relatos de influenciadores que, após acordos de colaboração, ressarciram vítimas e até assumiram compromissos para contribuir com a infraestrutura da polícia, como a construção de uma nova sede para a Delegacia de Estelionatos.
Em seu depoimento, o delegado Campos destacou a necessidade de aprimorar a legislação penal. Ele defendeu punições mais rigorosas para plataformas e influenciadores que promovem apostas ilegais e ressaltou o impacto social devastador dessas práticas. O relatório final da CPI recomendou a criminalização de publicidade enganosa em apostas, refletindo as conclusões das investigações conduzidas pela PCAL.