ALAGOAS – Coincidências Marcam Trajetória de Jornalista na Polícia Militar em Alagoas: Do Contato com Pioneiras ao Mestrado em Memória Institucional



No coração da Polícia Militar de Alagoas, o trabalho da jornalista e policial militar Fernanda Alves Calheiros é pontuado por coincidências e encontros que moldaram sua carreira. Desde seu ingresso na corporação em 2016, Fernanda teve a oportunidade de cruzar caminhos com três policiais femininas que integraram a primeira turma de soldados da PM de Alagoas, em 1990, batizada em homenagem a Maria Quitéria de Jesus. Essas mulheres, como ela mesma relata, foram fundamentais em sua formação como policial.

Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas em 2010, Fernanda sempre almejou seguir no âmbito acadêmico e realizar um mestrado, ainda que esse sonho tenha sido adiado. Entretanto, seu trabalho na Assessoria de Comunicação da PM, hoje denominada Diretoria de Comunicação Social, a colocou diante de um momento marcante: ela foi escalada para cobrir a sanção da Lei nº 8.118, que instituiu o Dia da Policial Feminina em Alagoas. Este evento a reconectou com a tenente Silviany Domingues, uma das três mulheres que fizeram parte de sua inicial formação.

Fernanda então decidiu ingressar no mestrado, com o projeto inicial de explorar a memória institucional da Polícia Militar de Alagoas. No entanto, sua paixão por contar histórias e o desejo de aprofundar-se em temas relacionados à informação e memória levaram a jornalista a explorar um enfoque diferente. Ela optou por investigar a questão de gênero em um ambiente tradicionalmente masculino, como é o caso das forças policiais.

Identificando-se como uma contadora de histórias, Fernanda explica que se encontrou na ciência da informação, uma área correlata às ciências sociais e comunicação social, mas que oferece abordagens e perspectivas distintas. Esta decisão lhe permitiu aprofundar-se na temática da memória e do gênero, revelando aspectos pouco discutidos na história das mulheres dentro da Polícia Militar e fortalecendo sua crença no poder do jornalismo como ferramenta de transformação e registro histórico.

A trajetória de Fernanda Alves Calheiros é um exemplo inspirador de como a intersecção entre comunicação, gênero e história pode revelar novos horizontes e proporcionar um olhar mais inclusivo e diverso sobre instituições profundas e tradicionalmente masculinas, como as forças policiais.

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