ALAGOAS – Central de Transplantes de Alagoas Oferece Curso a Médicos sobre Diagnóstico de Morte Encefálica

Em uma iniciativa que visa aprimorar os conhecimentos médicos no diagnóstico de morte encefálica, a Central de Transplantes de Alagoas organizou nesta quinta-feira (22) um curso específico para esse fim. O evento foi realizado no auditório da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), localizado no bairro Trapiche da Barra, em Maceió, e contou com a participação de médicos que atuam com pacientes graves e possuem mais de um ano de experiência na área.

A morte encefálica é diagnosticada quando o paciente perde totalmente as funções cerebrais, não consegue controlar a respiração, não apresenta batimentos cardíacos e perde os movimentos. Este diagnóstico é essencial para a captação de órgãos destinados a transplantes, tornando-se um ponto crítico tanto do ponto de vista médico quanto ético. O curso teve como objetivo atualizar os profissionais de saúde sobre o protocolo e os procedimentos necessários para confirmar a morte encefálica, seguindo os rigorosos critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), conforme a resolução 173/2017.

Daniela Ramos, coordenadora da Central Estadual de Transplante de Alagoas, enfatizou a importância dessa capacitação. “A identificação correta da morte encefálica é crucial para a captação de órgãos, um processo que salva inúmeras vidas. É essencial que os médicos estejam bem preparados e atuem em conformidade com a legislação vigente para garantir a segurança e a ética dos procedimentos,” afirmou Ramos.

Além disso, a coordenadora destacou que a notificação de morte encefálica é obrigatória e deve ser feita independentemente da doação de órgãos. “A notificação é um procedimento urgente que deve ser seguido estritamente. Após a notificação, a Central de Transplantes avalia o caso e entra em contato com os familiares para discutir a possibilidade de doação,” explicou.

Ramos também lembrou que, apesar de um indivíduo poder expressar em vida o desejo de ser doador de órgãos, a autorização final é sempre da família. “No Brasil, a doação de órgãos só é efetivada com o consentimento familiar. Por isso, é fundamental que as famílias estejam cientes dos desejos de seus entes queridos neste aspecto,” reiterou.

Ao promover este curso, a Central de Transplantes de Alagoas reafirma seu compromisso com a promoção da saúde e a vida, garantindo que os profissionais médicos estejam continuamente atualizados e preparados para lidar com situações extremas e complexas como a morte encefálica.

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