ALAGOAS – “Aumento de 32,2% nos casos de hanseníase é registrado em Alagoas, atribuído à capacitação dos profissionais de saúde”



Alagoas registra crescimento na identificação de casos de hanseníase em 2023

De acordo com informações atualizadas pelo Ministério da Saúde (MS) nesta sexta-feira (12), Alagoas registrou um aumento de 32,2% nos casos de hanseníase em 2023. Esse crescimento pode ser atribuído à melhoria da capacitação dos profissionais de saúde e a um maior número de ações realizadas ao longo do ano.

A coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Eliminação da Hanseníase, Itanielly Queiroz, explicou que o aumento nos registros aconteceu devido às diversas atividades realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em parceria com os municípios para o rastreamento precoce da doença. Dentre essas atividades, destacam-se as capacitações realizadas nos municípios, que contemplaram as 10 regiões de saúde, e a passagem da carreta Roda-Hans por Alagoas, que detectou 48 novos casos da doença.

Segundo Queiroz, o registro de aumento de casos está relacionado com o maior preparo e sensibilização dos profissionais de saúde na identificação da doença. Esse crescimento é fundamental, pois profissionais mais capacitados têm maior capacidade de identificar a doença de forma precoce, o que permite que os pacientes iniciem o tratamento o mais rápido possível, evitando as possíveis sequelas que a hanseníase pode causar.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes, ressaltou que a Sesau tem trabalhado incansavelmente para a capacitação dos profissionais, visando garantir atendimento de qualidade no estado.

O Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase revelou que a cidade de Maragogi teve um aumento de 1.500% nos registros, seguida por Palmeira dos Índios, com 650%; Atalaia, com 500%; Capela, com 300%; e Pão de Açúcar, com 225% de crescimento nos registros.

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa saudável suscetível. A doença tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for realizado adequadamente.

Ao identificar um caso da doença, é necessário realizar uma investigação epidemiológica da cadeia de transmissão da hanseníase, examinando qualquer pessoa que teve contato intradomiciliar e prolongado com o paciente. É importante ficar atento aos sintomas, como manchas e áreas da pele com diminuição de sensibilidade térmica, sensação de formigamento nas mãos e pés, diminuição ou perda da sensibilidade e nódulos no corpo.

O tratamento é assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e não requer exames complementares nem laboratoriais, sendo distribuído exclusivamente pela Rede Pública de Saúde. Portanto, é essencial que as pessoas procurem o atendimento médico de forma regular e estejam atentas aos sintomas para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

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