A secretária executiva da Cidadania da Secretaria de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef), Lidiane Ferraz, aborda a questão sob uma ótica encorajadora. “Esses dados revelam que mais pessoas estão cientes de seus direitos e dispostas a denunciá-los. As campanhas como Maio Laranja e Junho Violeta têm desempenhado um papel crucial nesse processo”, explica Ferraz.
A maior parte das denúncias envolve crianças e adolescentes, com 22.543 casos, seguidos por 8.882 ocorrências envolvendo pessoas idosas e 5.724 relacionados a pessoas com deficiência. Durante as campanhas de prevenção em maio e junho, que tiveram respectivamente 402 e 158 registros, observou-se maior mobilização da sociedade para denunciar violações.
Além disso, houve uma mudança no perfil dos agressores. Em 2024, as mulheres passaram a liderar o gênero dos suspeitos de agressão, representando um aumento significativo de 28,8% em relação ao ano anterior. As denúncias podem ser realizadas por diversos meios, incluindo o Disque 100, WhatsApp, Telegram, e até mesmo videochamadas em Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas com deficiência auditiva ou surdas. Alternativamente, é possível fazer denúncias presencialmente em delegacias e centros de direitos humanos. Esse conjunto de canais e campanhas mostra o empenho de Alagoas em combater as violações e ampliar a proteção aos direitos humanos.