ALAGOAS – “Assassino em Série de Maceió: Prisão de Suspeito Evita Novas Mortes Após Descoberta de Dez Vítimas”



Uma investigação abrangente conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e apoiada por rigorosas perícias criminais do Instituto de Criminalística de Maceió, revelou uma sombria série de assassinatos interligados a um único indivíduo na região. Albino Santos de Lima, de 42 anos, agora carrega o título de maior assassino em série da história de Alagoas, após ser vinculado a pelo menos dez homicídios — sete mulheres e três homens. Os macabros eventos ocorreram na proximidade de sua residência, a apenas 800 metros das cenas dos crimes.

Os desdobramentos do caso começaram a ganhar forma com o homicídio de Ana Beatriz, uma adolescente de 13 anos, fatidicamente alvejada ao sair de uma arena esportiva. Testemunhas do tiroteio relataram que a jovem foi socorrida, mas sucumbiu aos ferimentos no Hospital Geral do Estado. As câmeras de segurança, cruciais para o andamento das investigações, mostraram imagens importantes que ajudaram as autoridades a identificar o assassino e avançar nas operações que levaram à sua prisão.

Com a captura de Lima, a polícia conseguiu estabelecer ligações contundentes com crimes anteriores não resolvidos na mesma área. Elementos como o calibre das balas usadas eram comuns a todos os casos, sugerindo um padrão de operação sistemático do assassino, conhecido por agir sempre vestido de preto e com o rosto coberto por um boné.

Ressaltando a eficácia da investigação, o delegado Gilson Rego detalhou que o estudo da arma e dos dispositivos móveis apreendidos no momento da prisão foi essencial. O Instituto de Criminalística, através dos minuciosos exames de balística e cruzamento de dados, confirmou que a mesma pistola apreendida no dia da prisão havia sido a utilizada nos dez assassinatos.

Entre as evidências mais chocantes encontradas estava o conteúdo do celular do acusado, que revelava registros meticulosos dos homicídios cometidos. Em pastas nomeadas sinistramente, como “Odiada Instagram” e “Mortes especiais”, Santos havia guardado fotografias e informações sobre as vítimas, sugerindo uma possível obsessão. Além disso, registros de homicídios anteriores, datados entre 2019 e 2020, não relacionados inicialmente ao caso, estão agora sob análise, indicando um potencial histórico de violência mais extenso do que o inicialmente assumido.

Outro fator perturbador revelado pela investigação, segundo a coordenadora da DHPP, delegada Tacyane Ribeiro, é que Albino teria selecionado suas vítimas com base em pesquisas nas redes sociais, uma advertência crucial sobre os riscos da exposição online. Apesar das justificativas dadas pelo acusado, de que as mortes seriam motivadas pela vinculação das vítimas a atividades criminosas, as investigações não corroboram essa narrativa. As vítimas, predominantemente jovens mulheres morenas de cabelos cacheados, não têm histórico de envolvimento com facções criminosas.

A análise minuciosa das provas recuperadas e o uso estratégico de recursos periciais não apenas levaram à prisão do serial killer, mas também foram responsáveis por evitar novos assassinatos, identificando possíveis futuras vítimas. Este caso tem se destacado como um exemplo crucial da importância da colaboração efetiva entre diferentes setores das forças de segurança pública na luta contra crimes de grande impacto social. Enquanto Albino Santos aguarda julgamento, a cidade de Maceió busca recuperar a segurança e a tranquilidade, alerta para os perigos representados pelos criminosos que agem nas sombras.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo