Este programa ganha especial destaque ao atender pacientes alagoanas como Salaciane Félix, de 34 anos, e Elielma dos Santos, de 36 anos. Ambas passaram pelo difícil caminho do diagnóstico precoce, seguido por tratamentos exaustivos, e hoje comemoram a fase de reconstrução das mamas. Salaciane descobriu o câncer em 2019 após sentir dores e, graças ao Ame-se, passou por sua cirurgia no Hospital Metropolitano de Alagoas, revelando que a autoestima foi completamente restaurada. Com um sorriso de satisfação, ela compartilhou: “Depois que fiz a reconstrução, estou muito feliz, com a autoestima lá em cima”.
Elielma, que recebeu seu diagnóstico aos 29 anos enquanto amamentava, enfrentou quimioterapia, radioterapia e mastectomia. Ela também agradece ao programa pela oportunidade de reconstrução. “Estou bem e super realizada. O diagnóstico não é uma sentença de morte. Com fé, apoio familiar e psicológico, é possível vencer”, afirmou emocionada.
A relevância do Ame-se transcende o campo da saúde, como destaca Gustavo Pontes de Miranda, secretário de Saúde de Alagoas. Para ele, o programa tem uma função social crucial, ao devolver a essas mulheres a oportunidade de viver sem o estigma das marcas físicas da doença. A mastologista Carolina Fioretto, responsável pelo projeto, enfatiza que é a única iniciativa do Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas dedicada a reconstruções mamárias pós-tratamento. Desde 2021, o Ame-se tem operado cerca de quatro mulheres por mês, com atendimentos regulares no Hospital Metropolitano de Alagoas.
O acesso ao programa é relativamente simples: a paciente deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para receber encaminhamento pelo Sistema de Regulação. “Além da prevenção, é fundamental dar visibilidade às mulheres que já superaram a doença e buscam reconstruir suas vidas e autoimagem”, observa Fioretto.
Com exemplos de força e perseverança, como os de Salaciane e Elielma, o Programa Ame-se indica que, com compreensão e auxílio, é possível enfrentar os desafios mais duros da vida. Segundo Filipe Fernandes, diretor do Hospital Metropolitano, estas histórias são um poderoso lembrete do impacto positivo que a saúde pública pode ter nas vidas, transformando a dor em esperança e renovação.