Este incremento significativo não apenas promoveu a doação de múltiplos órgãos e tecidos, como também possibilitou que inúmeros pacientes tivessem uma nova chance de vida. Entre as doações realizadas, destacam-se 68 rins captados, dos quais 13 foram transplantados em pacientes alagoanos e 55 foram destinados a outros estados. Além disso, 19 fígados foram captados, com 14 beneficiando receptores locais. A captação de 131 córneas também contribuiu para que 141 transplantes deste tecido fossem realizados no estado.
Daniela Ramos, à frente da coordenação da Central de Transplantes, apontou que este avanço é fruto de uma crescente conscientização pública sobre a importância das doações, um resultado de campanhas intensivas que visam educar e sensibilizar a população. “Nosso objetivo é fazer com que mais pessoas entendam que a doação de órgãos é um gesto de amor incondicional capaz de salvar vidas”, afirmou Ramos.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destacou a dedicação da equipe da Central de Transplantes e a relevância das doações. Ele lembrou ainda que 2024 marcou o início dos transplantes realizados pela Rede Pública Estadual de Saúde, a partir da habilitação do Hospital do Coração Alagoano pelo Ministério da Saúde. Este passo histórico ampliou o horizonte de possibilidades para os pacientes que aguardam na lista de espera, estimada em 521 pessoas em busca de transplantes de córnea, rim, fígado e coração.
Um emocionante testemunho de Tagliane do Nascimento, que optou por doar os órgãos de um ente querido, ilustra a dimensão humana e esperançosa desse ato. “A dor da perda é imensa, mas encontra consolo ao saber que o meu ente querido pode continuar a ajudar os outros, se tornando um anjo de esperança”, declara Tagliane, ressaltando a importância do diálogo familiar sobre a doação de órgãos.
Apesar dos avanços, o desafio de reduzir ainda mais a lista de espera persiste, incentivando continuamente as iniciativas de doação e a discussão em torno deste gesto altruísta e vital para tantos.