ALAGOAS – Alagoas Investe R$ 3,6 Milhões em Editais para Valorização da Cultura Afro-Brasileira e Religiões de Matriz Africana



Em um esforço contínuo para reforçar e valorizar a rica herança cultural afro-brasileira, a Secretaria de Cultura de Alagoas (Secult) lançou editais cujo impacto promete ressoar por toda a comunidade. Esses editais são um marco importante na promoção das religiões de matriz africana e de outras expressões culturais periféricas, destinando mais de R$ 3,6 milhões em 2024. Os recursos serão alocados para uma variedade de iniciativas culturais, incluindo a preservação da cultura afro-brasileira, apoio aos povos tradicionais, e fomento a manifestações artísticas como o hip-hop, a dança e o grafite.

Figura central desta história é Mãe Miriam, designada Patrimônio Vivo de Alagoas, que considera tal reconhecimento não apenas um título, mas sim um reflexo da sua fé e dedicação à cultura afro-brasileira. “Ser reconhecida como patrimônio vivo é um testemunho da minha fé e do caminho percorrido. Espero que inspire as futuras gerações a lutarem por suas crenças”, comenta Mãe Miriam com entusiasmo.

Através de uma abordagem que valoriza a diversidade e a inclusão, o governo de Alagoas, sob a liderança de Mellina Freitas, secretária de Estado da Cultura, reafirma seu compromisso com a memória e a identidade de seu povo. Freitas destaca a relevância destas políticas públicas não apenas em termos culturais, mas também como ações reparatórias e simbólicas que visam a construção de uma sociedade mais justa e enraizada em sua diversidade.

Perolina Lyra, superintendente de Patrimônio e Diversidade Cultural da Secult, ressalta que o investimento na cultura afro-brasileira e nos povos tradicionais é um ato de respeito e preservação da história e identidade locais. Essas iniciativas não apenas combatem preconceitos como o racismo e a intolerância religiosa, mas celebram a variedade cultural que define o estado de Alagoas.

A ação inclui a produção de conteúdos audiovisuais que elevam a visibilidade das comunidades afro-brasileiras, promovendo reconhecimento e combatendo o racismo estrutural. Em fevereiro passado, um vídeo institucional intitulado “Xangô – Fé e respeito” destacou a colaboração de profissionais negros, reforçando a importância da representatividade.

A existência de Mãe Neide e Mãe Mirian como patrimônios vivos de Alagoas sublinha a reverência e a conservação de tradições ancestrais, guardando a memória viva das religiões de matriz africana em solo alagoano. O fortalecimento dessas práticas culturais é essencial não só para o presente, mas como um legado para as futuras gerações, que poderão se inspirar nessas histórias de resistência e luta por identidade e dignidade.

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