ALAGOAS – Alagoas Inicia Coleta Nacional de DNA para Identificação de Desaparecidos em Campanha Emergencial



Alagoas Engaja-se na Semana Nacional de Coleta de DNA para Identificação de Desaparecidos

A campanha de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas será retomada em 26 de agosto de 2024, como parte da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. Esse esforço visa enfrentar a crescente crise de desaparecimentos no Brasil, oferecendo uma chance de comparação com os bancos de dados genéticos existentes para facilitar a localização e identificação de indivíduos.

Até 30 de agosto de 2024, postos de coleta estarão disponíveis em diversas localidades do país, incluindo Alagoas. No estado, a Polícia Científica lidera os esforços, com os pontos de coleta estabelecidos no IML da capital, Maceió, e no IML do Agreste, em Arapiraca. Essas unidades irão receber familiares dispostos a fornecer amostras de DNA para auxiliar nas buscas.

Em 2023, foram registrados 78.703 desaparecimentos no Brasil, e até agora em 2024, 45.670 casos foram contabilizados. No total, são 124.373 desaparecidos nos últimos dois anos, conforme relatório da Sinesp-VDE e do Relatório Estatístico das Autoridades Centrais. Em Alagoas, os números também são alarmantes: 626 desaparecimentos em 2023 e 375 até julho de 2024, totalizando 1.001 casos nos últimos dois anos.

A campanha em Alagoas contará com peritos criminais e odontologistas em uma força-tarefa para coletar o material genético. Os familiares interessados devem comparecer com documentos de identidade, boletim de ocorrência do desaparecimento, além de fotos e reportagens relacionadas, se disponíveis. A perita criminal Barbara Fonseca enfatiza a importância da coleta de DNA, mencionando que essa ferramenta é crucial para solucionar casos não resolvidos.

A perita-geral da Polícia Científica, Rosana Coutinho, destacou que além desta campanha nacional, Alagoas já implementa uma política própria para abordar desaparecimentos, através do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid) coordenado pelo Ministério Público de Alagoas. Esse programa orienta os familiares a fornecerem material genético nos IMLs do estado, embora ainda existam resistências.

Segundo Coutinho, a campanha não só amplia a visibilidade do problema, mas também busca sensibilizar e mobilizar a população sobre a importância da doação de material genético. "A coleta de DNA não apenas facilita a busca pelos desaparecidos, mas reitera a necessidade de conscientização e cooperação das famílias", afirmou.

O material genético coletado será comparado com perfis de pessoas não identificadas internadas em hospitais, clínicas e abrigos em todo o país, além de corpos não identificados em IMLs. Este esforço contínuo busca trazer respostas e um pouco de paz para aqueles que aguardam por notícias de seus entes queridos desaparecidos.

Para mais informações sobre a campanha, visite o site oficial das Ações e Programas de Desaparecidos do Ministério da Justiça. A participação maciça da população é essencial para que a campanha atinja seu objetivo de reduzir o número preocupante de desaparecidos no país.

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