Entre os participantes, um adolescente de 17 anos compartilhou seu sonho de ingressar no curso de Engenharia Elétrica, apoiado pela formação técnica que já possui como eletricista. “Entrar na universidade é o caminho para me aprimorar na profissão e ser alguém na vida. Essa conquista abrirá novas oportunidades para que eu possa trabalhar, ter meu próprio dinheiro e seguir a vida de maneira positiva”, afirmou o jovem, simbolizando a esperança e determinação que moveram a iniciativa.
A gerente de Desenvolvimento Integral da Sumese, Cássia Moreno, destacou o papel essencial da Escola Estadual Educador Paulo Jorge dos Santos Rodrigues, que segue um cronograma alinhado com outras instituições da rede estadual. Essa escola é uma referência na educação voltada para pessoas privadas de liberdade e garante um acompanhamento diário, incluindo reforço escolar no contraturno, para preparar adequadamente os alunos para o Enem.
O superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, Daniel Alcântara, ressaltou a importância do Enem como uma ferramenta de inclusão social. Ele destacou que o exame democratiza o acesso ao ensino superior, permitindo que jovens tenham a chance de conquistar vagas em universidades públicas e bolsas de estudos, além de possibilitar o acesso a financiamentos estudantis como o Fies. “Ao garantir o direito à educação e o acesso ao ensino superior, o Governo do Estado pavimenta um caminho sólido para a transformação social deste público”, ele afirmou.
Desde 2010, o Enem PPL é executado pelo Inep, em colaboração com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e por meio do Depen. O exame ocorre dentro das unidades de internação, oferecendo às pessoas privadas de liberdade a oportunidade de participar de programas governamentais como o Sisu, ProUni e Fies, com o objetivo de acessar o ensino superior de forma inclusiva e equitativa.