Para colocar esses números em perspectiva, o Fluminense investiu cerca de R$ 244 milhões durante o mesmo período, o que significa que o Al-Hilal gastou, impressionantemente, doze vezes mais em reforços. Essa disparidade emblemática revela não apenas a diferença de investimento, mas também a crescente ambição da liga saudita em ser uma das maiores do mundo.
Ao longo de 2023, o Al-Hilal se juntou a outros clubes como Al-Ittihad e Al-Nassr, todos sob a gestão do fundo soberano, que almeja uma transformação radical no cenário esportivo do país. Esses clubes, os mais renomados da Arábia Saudita, não apenas têm uma rica história de títulos, mas também foram beneficiados por uma injeção significativa de capital, visando atrair estrelas do futebol mundial.
O “Projeto de Investimento e Privatização de Clubes Esportivos” tem como objetivo transformar esses clubes em empresas controladas pelo governo, garantindo, assim, uma base econômica sólida. Entretanto, o que parecia ser privatização acabou se configurando como uma forma de maior controle estatal, evidenciado pelo financiamento direto do governo, sustentando a estrutura financeira necessária para a atração de grandes nomes do esporte.
Essa estratégia já teve impactos visíveis, com a contratação de diversos jogadores renomados, incluindo o craque brasileiro Neymar, que se juntou ao Al-Hilal por uma quantia recorde de 90 milhões de euros. O elenco do time agora é um verdadeiro galeria de estrelas, com ênfase em talentos como Rúben Neves e João Cancelo.
A campanha do Al-Hilal na Copa do Mundo de Clubes não é mera coincidência; é uma realização de um planejamento ambicioso, que busca não apenas expandir o reconhecimento do clube no cenário internacional, mas também solidificar a liga saudita como um polo de atração para os melhores jogadores do mundo. A vitória sobre adversários internacionais, aliados ao investimento robusto, sinaliza que o futebol no Oriente Médio está em uma trajetória de ascensão impressionante.